Fundamentos em
Bio-Neuro Psicologia

Confira aqui algumas curiosidades sobre o mundo da neurociência.

Estados do sistema nervoso autônomo e a falta de descanso

Melatonina natural produzida no pulmão pode proteger contra o coronavírus

Fonte: Jornal Estado de Minas, por Sofia Bauer 04/10/2020

 

Precisamos de descanso, rotina. Home office com a cautela de se impor uma rotina, horários e divisão de tarefas bem organizadas.

 

Engana-se quem pensa que em tempos de pandemia fazer home office é ótimo. A vida em casa fica tumultuada e sem lugar para todos. Ao mesmo tempo, muitas tarefas precisam ser cumpridas e perde-se o foco. O home office tem levado muitos ao esgotamento – burnout. Sem ânimo, sem vontade de viver e sem esperança, muitos “queimaram seu pavio” no estado de atenção e alarme ligados todo o tempo. Isso acaba com a energia de qualquer um, até de uma máquina que não desliga o motor.

 

Sem foco, trabalhando em várias frentes no lar, a tarefa fica malfeita e gera estresse. Desgaste, cansaço e no fim do dia a irritação. Quem pensa que foi pra dentro de casa e poderia descansar enganou-se. Está trabalhando sem sossego. Infelizmente, as pesquisas atuais mostram aumento nos casos de depressão, pânico, ansiedade. Por quê? Por falta do descanso. Por ativação de do sistema de alarme.

 

O que fazer? Descanso.

 

Uma nova vida normal, apesar de clichê, se faz necessária. A vida precisa ser recalculada. Aprender a conviver com a COVID-19, que está mudando a rotina antiga e nos impondo um mundo cheio de atenção e diferente. Saímos da zona de segurança, o que nos causa um tremendo gasto de energia e um estado de alerta constante. Utilizamos nosso SNC – sistema nervoso central – de forma a ativar o plano de luta ou fuga, que, na medicina, chamamos de estado simpático ativado. O nervo vago aciona o sistema nervoso autônomo (SNA) simpático, convidando-o a nos defender – lutar ou fugir. Mas esse estado traz a falta de descanso. Ficamos em estado de vigília.

 

O normal seria passarmos pelos três estados fisiológicos que regulam o corpo ao longo do dia. Quais seriam esses estados do SNA?

 

1- Calma e segurança – que chamamos de ativação vetro vagal, pois é a parte ventral do nervo vago ativada dizendo que tudo está bem. Estamos seguros e temos algum apego que nos acalma. Quando apreciamos um bebê, ou brincamos com nosso cachorro em casa, ou vemos um por do sol, fazemos esta ativação que acalma.

 

2- Ativação simpática (motivação ou luta ou fuga) – esse estado é ativado pelo SNA em caso de precisarmos nos mover, fazer uma ação. Fazer uma prova, dar uma palestra podem nos deixar em estado de ativação calmo, ainda com a parte segura nos alimentando. Mas, em muitas situações corriqueiras, ativamos o sistema de luta ou fuga, como uma freada brusca, uma conta a pagar da qual nos esquecemos ou não temos dinheiro para fazê-lo, a perda do emprego. É lutar ou fugir. Infelizmente, nesta época de pandemia estamos ativando esse estado com medo de pegar o tal vírus, adoecer e morrer. Perdemos a segurança – sistema ativa!

 

3- Estado de congelamento – é ativado quando estamos num perigo tão grande que pensamos que vamos morrer. Nesse caso, como defesa, ativamos um estado de congelamento – sem sentir. Paramos. O burnout é um bom exemplo, a depressão outro. Estados de doenças que nos paralisam e tiram nossa energia para nos defender de enfrentar o perigo.

 

Vivemos em constante desregulação e autorregulação entre esses três sistemas e conseguimos ao fim do dia tirar uma boa média de regulação emocional.

 

Mas, ultimamente, a pandemia nos deixou com o segundo sistema muito ativado e perdemos nossa qualidade de vida. Quando esse sistema se ativa muito, liberamos a noradrenalina, que, por sua vez, libera adrenalina no corpo para preparar para lutar ou fugir e, com isso, aumentamos o cortisol e sucumbimos em doenças, estresse e perdemos nossa imunidade. Sem falar que o animal homem fica sem descanso, não prega os olhos, vigilância total. O corpo entra em colapso e pede um tempo. Adoece.

 

Precisamos de descanso, rotina. Home office com a cautela de se impor uma rotina, horários e divisão de tarefas bem organizados. Mas, como fazer com filhos, periquito e papagaio em casa? Conversa franca, ordem geral. Todos precisam se ajudar mutuamente. Cada um fazendo a sua parte. Inclusive, ver se o local que escolheu ou sobrou para trabalhar está adequado e não traz dor nas costas, falta de ar, calor etc. Fazer o quê se não puder mudar? Tire momentos para respirar fundo. Faça meditações. Pratique yoga. Veja o lado belo da vida. Aprecie a natureza, nem que seja da janela.

 

Se puder voltar ao seu trabalho, faça-o com a segurança do isolamento social necessário e cuidados com a saúde de todos. Não seja você o vetor, a levar e disseminar essa danada de COVID-19, que insiste em não querer nos largar.

Cuide-se!

 

Descanse mais! Divirta-se!

 

Encontre segurança e apoio em seus familiares. Assim você recupera o estado 1 – segurança e calma. Isso é o que desejo a você.

 

Colaboração: Magna Figueiredo

A melatonina produzida no pulmão atua como uma barreira contra o sars-cov-2 ao impossibilitar a infecção dessas células pelo vírus. Hormônio tomado por via oral não produz este resultado.

 

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Os possíveis efeitos da Covid-19 no Cérebro humano

Sendo considerado um dos primeiros estudos a se aprofundar na análise de imagens neurológicas sobre a covid-19, o estudo da Universidade de Cincinnati citado pelo jornal Estadão (junho de 2020)  descreve os possíveis efeitos do covid-19 no cérebro humano e detalha a metodologia da pesquisa e exames realizados (tomografia e ressonância magnética). Além disso, a reportagem cita estudos realizados na Unicamp em células neurológicas cultivadas em laboratório para monitorar a ação do vírus dentro dessas células.

 

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Como o coronavírus chega ao cérebro? Clique aqui para saber mais

 

Colaboração: Magna Figueiredo

Coronavirus pode causar sintomas neurológicos em alguns pacientes

A causa ainda não é certa, mas alguns casos têm sintomas como desorientação, tonturas, derrames e até inflamação severa no cérebro.

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Colaboração: Magna Figueiredo

Neurociência do equilíbrio emocional durante a pandemia

Na entrevista abaixo o neurocirurgião e professor da Faculdade de Medicina da USP Fernando Gomes analisou sentimentos como saudades, solidão e a importância do equilíbrio emocional em meio à pandemia do novo coronavírus. Ele inicia o vídeo dando uma explicação neurológica da nossa capacidade de reação frente ao perigo.

 

Fala da importância, no atual momento, do ponto de vista cognitivo de desenvolvermos a nossa inteligência intrapessoal abordando um pouco do Freud, enfim achei um material muito interessante para nós, psicólogos em formação, nos situarmos frente a epidemia.

 

Ele também faz uma análise muito interessante das diferentes funções do nosso cérebro abordando os desafios de alinharmos razão (Córtex cerebral), com emoções (Psicoencefalo) e instinto de preservação (Cérebro Reptiliano).

 

Colaboração: Magna Figueiredo (Assistir vídeo Clique aqui)

Como enfrentei minha ansiedade com o coronavirus?

Trabalho referente ao surto de Covid-19, relevante não só para a comunidade acadêmica, mas que reforça as questões de ansiedade natural e comum a todos. Se por um lado os alunos, como todos os seres-humanos, estão com possíveis medos e sentimento de impotência (os dois maiores disparadores de ansiedade, quando estudamos as psicopatologias), vemos que os professores também passam por situações similares.


O artigo abaixo relata a experiência de um professor universitário chinês que faz um resumo das suas sensações ao longo da sua experiência com a epidemia, o que no início se mostrava um forte quadro de ansiedade perante, ao modelo de aulas online, vai aos poucos se transformando em um momento de aprendizado e amadurecimento para fazer mais com menos, já que ele acaba encontrando situações enriquecedoras nas aulas virtuais, viabilizando encontros, inclusive, melhores do que seriam nas situações presenciais.

 

Colaboração: Magna Figueiredo (Artigo em inglês): Clique aqui

OMS lança CID-11 e classifica vício em jogos eletrônicos como doença.

Fonte: PEEBMED e Portal R7 - 25 de junho de 2018

Distúrbio raro faz com que mulher veja o mundo ao contrário.

Dizer que a sérvia Bojana Danilovic, de 29 anos, realmente enxerga o mundo ao contrário seria um exagero óbvio. Entretanto, ao eventualmente cruzar com a jovem em algum ponto do seu cotidiano, é perfeitamente possível encontrá-la lendo um jornal de ponta-cabeça ou digitando em seu teclado, também postado de “cabeça para baixo”.

 

Conforme mostra a reportagem da euronews (confira o vídeo abaixo), Bojana sobre do chamado “fenômeno da orientação espacial”, quadro que, como o nome sugere, altera a percepção espacial da pessoa.

 

De acordo com Bojana, o problema já lhe rendeu alguns problemas no colégio e também dificultou a continuidade dos estudos. Não obstante a sua condição singular, testes mostraram que a sérvia não apenas tem o cérebro em perfeito funcionamento como ainda apresenta um Q.I. (quociente de inteligência) acima da média.

Fonte: MegaCuriosos - 31 de agosto de 2013

Operário sobrevive após ter o cérebro atravessado por um vergalhão de 2m de comprimento.

Ele, que trabalhava em uma obra em Botafogo, foi operado por cinco horas e não apresenta sequelas.

 

RIO - Um operário da construção civil, de 24 anos, foi atingido na cabeça por um vergalhão que despencou do quinto andar do prédio em que ele trabalhava, uma obra em Botafogo, e sobreviveu. O pedaço de ferro, de dois metros de comprimento, atravessou, na manhã de quarta-feira, o capacete de Eduardo Leite, perfurou o cérebro e saiu pela região entre os olhos, acima do nariz. O impacto foi de 300 quilos. Os bombeiros cortaram uma parte do vergalhão no local do acidente e levaram o ferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, onde a vítima, para espanto de todos, chegou falando normalmente. Eduardo foi submetido a uma cirurgia de cinco horas e não apresenta nenhum tipo de sequela.

 

— A equipe é muito bem treinada, e o anjo da guarda dele também estava de plantão — disse o médico Ruy Monteiro, chefe da Neurocirurgia do hospital, e que participou da cirurgia.

 

Segundo o diretor do Miguel Couto, Luiz Alexandre Essinger, o paciente está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), e respira sem a ajuda de aparelhos. Ontem, 24 horas após a cirurgia, almoçou normalmente e recebeu visitas da família.

 

— Não sabemos como o cérebro vai reagir daqui em diante. Vamos descobrir nos próximos dias. O cérebro é a parte do corpo mais difícil de prever — diz Essinger.

 

O vergalhão atingiu a parte do cérebro responsável pelas emoções. Eduardo poderia ter ficado sem memória, ou desorientado. Mas nada disso aconteceu:

 

— Ele está lúcido e consciente — diz o diretor do Miguel Couto.

 

Segundo Essinger, o paciente, depois de tanto azar, deu sorte. Se o vergalhão tivesse caído três centímetros para o lado, teria atingido a parte do cérebro responsável pela parte motora:

 

— Por três centímetros, ele estaria sem mexer os braços e as pernas. Se fosse apenas mais um centímetro para a direita, ele teria perdido um olho.

Segundo Essinger, o risco agora é que o paciente contraia uma infecção:

 

— Quando o vergalhão entrou no cérebro, levou também muita poeira, sujeira. Estamos medicando o paciente com antibióticos e, se tudo der certo, ele poderá ter alta em uma semana —disse Essinger.

 

Para evitar contaminar o cérebro com secreções dos seios da face, típicas de quem tem sinusite, por exemplo, o vergalhão foi puxado para baixo durante a cirurgia.

 

Membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, o médico Miguel Giudicissi Filho elogiou a atuação da equipe médica e explicou que somente após exames de médio e longo prazos será possível indicar o tipo de sequela do paciente. Segundo ele, não existe área do cérebro que seja afetada sem produzir algum dano, mas ele pode ser imperceptível:

 

— Os médicos mostraram habilidade e treino. Precisamos esperar novos exames, pode ser que a sequela seja pequena ou numa área não importante para o paciente.

Os médicos que salvaram a vida do paciente:

 

O plantão de 12 horas estava apenas começando quando o neurocirurgião Ivan Sant’Ana, que estava na emergência do Hospital Miguel Couto, foi avisado que um homem com um vergalhão atravessado na cabeça tinha acabado de chegar. Com 35 anos de experiência, o médico, que trabalha também no Hospital do Andaraí, mandou chamar o chefe da neurocirurgia, Ruy Monteiro, e, em pouco tempo, começou a planejar, junto de Ruy, a cirurgia para a retirada do ferro. Ontem, nem mesmo ele acreditava no resultado tão bom, o paciente sobreviveu e não apresenta sequelas.

 

—Minha esposa disse que o “Homem” deu outra chance a ele. Casos assim não são comuns mesmo.

 

Ivan disse que não ficou nervoso com o tamanho da responsabilidade:

 

— Depois de 35 anos de neurocirurgia, você sabe dos riscos e se prepara. Não fica nervoso. Mas tem uma certa apreensão. O ferro passou bem perto de estruturas nobres do cérebro.

 

O cirurgião passou cinco horas operando o trabalhador. Ele disse que o momento mais delicado da cirurgia foi o da retirada do vergalhão:

 

— Nós escovamos o couro cabeludo do paciente e o pedaço de ferro que estava na entrada do ferimento para evitar que qualquer poeira entrasse e causasse uma infecção no cérebro. Depois, fomos retirando lentamente. Retirava um pouco, avaliava, retirava um pouco mais. Depois que o ferro saiu, lavamos o cérebro com muito soro e cauterizamos as áreas onde havia sangramento. O perigo agora é ele contrair uma infecção. O paciente está tomando muito antibiótico para evitar isso.

 

Quando o paciente chegou, curiosos tiraram fotos da vítima, ainda com o ferro na cabeça. O chefe da neurocirurgia, Ruy Monteiro, disse que o caso, apesar de inusitado, não surpreendeu tanto assim a equipe:

 

— Para a gente que trabalha em emergência, não é fácil levar um susto não. Mas, com certeza, esse caso não é habitual.

 

Há 19 anos no Miguel Couto, quatro deles como chefe da neurocirurgia, Ruy Monteiro, que também atua na rede privada, disse que a cirurgia foi feita pouco tempo após a chegada do paciente. E atribui o resultado à habilidade da equipe.

 

— É muito importante ter uma equipe preparada para qualquer situação. Já tratamos de uma machadada na testa, mas o paciente estava sem o machado. Estamos sempre prontos para o que for.

Fonte: O Globo online e R7 - 17 de agosto de 2012

Como o cérebro percebe a passagem do tempo?

Neurocientistas explicam por que perdemos a noção do tempo com algumas atividades.

Já aconteceu de você estar ocupado com alguma coisa e, quando se dá conta, já se passou uma hora inteira, mas você continua com a sensação de que foram apenas alguns minutinhos? Na verdade, são essas pequenas distorções na forma como percebemos o tempo que nos fazem estar sempre atrasados ou correndo.

 

De acordo com Annalee Newitz, do site io9, isso ocorre porque o nosso cérebro é a pior ferramenta com a qual podemos contar na hora de medir o tempo. Newitz, que vive atrasada, resolveu pesquisar e conversar com alguns neurocientistas para entender a razão disso.

 

Tempo objetivo x tempo relativo

Quando observamos os minutos passando em um relógio, estamos percebendo o tempo de forma objetiva, com segundos que somam minutos, minutos que somam horas, e assim por diante. Entretanto, o nosso cérebro percebe o tempo de forma relativa, medindo a sua passagem com base em nossos relógios biológicos.

 

Assim, andamos por aí com uma percepção de tempo subjetiva, quando, em termos reais, o tempo passa de forma objetiva. Segundo Newitz, os cientistas acreditam que o cérebro mede o tempo na forma de pulsos, espécies de pontinhos que vão se acumulando e sendo armazenados em nossa memória na forma de intervalos de tempo.

 

Acontece que muitos fatores — como o uso de drogas, nosso “chutômetro” ou até mesmo a atenção que dedicamos a alguma coisa — podem influenciar a nossa percepção do tempo, acelerando ou diminuindo a sua passagem.

 

Dessa forma, quando o nosso cérebro precisa fazer uma estimativa de quanto tempo vamos gastar na realização determinada tarefa, ele escolhe, de forma aleatória, uma das muitas memórias relacionadas à ação. Geralmente, essa escolha é relativamente precisa. Entretanto, quando não é, acabamos perdendo a noção do tempo.

Mais de uma coisa ao mesmo tempo

 

De acordo com os neurocientistas, todos nós contamos com pelo menos dois relógios biológicos, um baseado em nossas experiências — conforme explicado acima — e outro baseado no ritmo circadiano, ou seja, aquele reloginho que nos diz a que horas devemos dormir, comer ou acordar. Aliás, este é o mais importante de todos os nossos relógios biológicos e está presente na grande maioria dos seres vivos.

 

Portanto, somos capazes de controlar vários relógios internos ao mesmo tempo — você, leitor, agora mesmo está controlando pelo menos três deles: o circadiano, um que está calculando quanto tempo você levará para ler este artigo e um terceiro, estimando quanto tempo falta para a sua próxima refeição, por exemplo — um para cada ação que estejamos realizando.

 

E mais: esses muitos reloginhos fazem parte das mesmas redes neurais que nos ajudam a coordenar e planejar os nossos movimentos físicos, ou seja, nossas habilidades de perceber o tempo e reagir às diferentes atividades estão intimamente relacionadas.

Tome um café e veja o tempo voar.

Como mencionado anteriormente, algumas substâncias também podem influenciar a forma como percebemos a passagem do tempo, interferindo na maneira como o cérebro acessa as memórias na hora de estimar o tempo. Assim, quando tomamos muito café, por exemplo, que é um estimulante, percebemos a passagem do tempo como sendo mais rápida.

 

Isso nos leva a armazenar memórias mais rapidamente, além de fazer com que tenhamos mais facilidade para lembrar coisas. Ao contrário, substâncias calmantes fazem com que o nosso cérebro diminua o ritmo, fazendo com que percebamos a passagem do tempo de maneira mais lenta, além de armazenar menos memórias.

 

Por que perdemos a noção do tempo dependendo do que estamos fazendo?

 

De acordo com os neurocientistas, quando estamos envolvidos em algo que requer nossa total atenção — um filme emocionante, um encontro romântico ou um artigo interessante, por exemplo —, temos a sensação de que o tempo voa, precisamente porque não estamos atentos a ele.

 

Contudo, se você nunca mais quiser perder a noção do tempo, a solução é bem simples: basta adicionar à sua coleção de reloginhos internos um que foi projetado especialmente para este fim, ou seja, o bom e velho relógio objetivo.

 

Seja ele de pulso, parede ou até um programinha de computador, ele poderá dizer a você as horas de forma precisa, além de ajudar o seu cérebro a corrigir as pequenas distorções que criamos na hora de estimar quanto tempo vamos gastar fazendo o quê.

 

Fontes: PLoS One, io9 e Universidade de Münster - 31 de Maio de 2012

Mito ou verdade: quem não sente cheiro também não sente sabor?

Jovem que sofre de perda total do olfato explica como é viver sem sentir o cheiro de nada.

É bastante popular a crença de que quem não consegue sentir o cheiro dos alimentos também não consegue sentir o sabor deles. Provavelmente, essa ideia tenha se tornado tão popular porque, quando estamos resfriados e com o nariz entupido, não somos capazes de saborear as comidas da mesma forma.

 

Faz sentido. O olfato e o sabor estão intimamente relacionados. A experiência — agradável ou não — de comer é o resultado de uma combinação entre os dois. Quando sentimos o cheiro de algum alimento, os nervos que se encontram no nosso nariz enviam sinais ao cérebro que, por sua vez, fazem com que as papilas gustativas presentes na língua reajam ao estímulo.

 

Mas será que é verdade?

Stacy Conradt, uma jovem que sofre de anosmia — perda total do olfato —, escreveu um artigo bem curioso para o site Mental Floss, contando como é a experiência de saborear alimentos quando não se pode sentir o cheiro de absolutamente nada.

 

Stacy conta que ela consegue sentir o sabor das comidas que consome, mas que sempre opta por aquelas com os sabores mais pronunciados. A jovem diz que nunca encontrou nada que seja doce demais, por exemplo, e que adora comidas apimentadas e cheias de especiarias. Por outro lado, ela se diz incapaz de diferenciar sabores que sejam mais suaves ou muito específicos.

 

Portanto, não sentir o cheiro de nada não significa que é impossível sentir o sabor dos alimentos, mas sim que é extremamente difícil diferenciar gostos específicos e que — infelizmente — a experiência de provas as comidas acaba sendo um pouco prejudicada.

 

Fontes: Mental Floss e Universidade de Cardiff - 28 de Maio de 2012

Algum dia será possível recriar o cérebro humano?

Pesquisadores acreditam que ciência e tecnologia podem um dia reproduzir a mente humana de forma artificial.

Não faltam cientistas das mais diversas áreas que, ao logo da história, vêm debatendo sobre a possibilidade — ou não — de recriar o cérebro humano. Entretanto, depois de tantos avanços tecnológicos, fica difícil não imaginar que um dia ainda será possível construir um cérebro artificial. E, de acordo com o site io9, dois ramos da ciência têm visões bastante interessantes sobre essa possibilidade.

 

Neurociência x ciência cognitiva.

Enquanto a ciência cognitiva espera reproduzir o cérebro através do uso de códigos e algoritmos, a neurociência espera recriar as principais funções cerebrais através do uso de um computador. Contudo, ambas as ciências parecem vislumbrar a construção de um cérebro humano por meio do suporte digital, ou seja, do uso de uma máquina.

 

Debates sobre a inteligência artificial.

Você já deve ter ouvido falar de Alan Turing, um norte-americano que dedicou a vida ao estudo da inteligência artificial e que é considerado o pai da computação moderna. Turing acreditava que qualquer função que pudesse ser computadorizada, consequentemente, poderia ser reproduzida por uma máquina. Portanto, qualquer atividade que pudesse ser fisicamente computada pelo cérebro também poderia ser computada por uma máquina.

 

Se qualquer processo informacional também é um processo computacional, então a mente, que seria um tipo de processo computacional realizado pelo cérebro, também pode ser reproduzida por uma máquina.

 

O que diz a ciência cognitiva?

De acordo com a ciência cognitiva, se uma nova mente vem ao mundo preparada para receber todo tipo conhecimento, isso a tornaria semelhante às máquinas, que são alimentadas com toda a carga de informações que armazenam. Através dos algoritmos certos, seria possível criar uma mente artificial como a de um bebê, sendo apenas uma questão de ensinar a ela tudo o que ela precisa saber.

 

Assim, uma estratégia bastante promissora seria, em vez de tentar replicar um cérebro humano fisicamente, entender como o seu "software" funciona, ou seja, determinar quais são os algoritmos da inteligência e a maneira como estão relacionados e interligados.

E a neurociência?

Entretanto, os neurocientistas acreditam que deveríamos nos inspirar no modelo original — o cérebro humano — em vez de tentar fazer com que uma máquina simule suas funções. Afinal, a própria evolução, seleção natural etc. já fizeram com que a máquina perfeita fosse desenvolvida.

 

Mas isso não significa recriar o cérebro fisicamente, tal qual o que temos dentro do crânio, mas sim suas principais propriedades em um suporte alternativo, como um sistema de computador. Ou seja, os neurocientistas não pretendem simular o funcionamento do cérebro humano, mas sim reproduzi-lo digitalmente.

 

Avanços necessários

Para conseguir entender como o “sistema computacional” do cérebro funciona, é necessário poder escaneá-lo fisicamente, para que possamos colher todas as informações necessárias; interpretar essas informações, para que seja possível construir um modelo de software compatível; e simular este enorme modelo em uma máquina.

Quando seria possível reproduzir um cérebro cibernético?

Infelizmente, ainda são necessários muitos anos de estudos multidisciplinares e o desenvolvimento de tecnologias que ainda não existem. E, embora alguns acreditem que em 2030 já será possível reproduzir um modelo artificial, o mais provável é que isso somente ocorra dentro de 50 ou 75 anos.

 

De qualquer maneira, é quase impossível prever exatamente, especialmente em vista de todos os avanços que vemos surgido por aí. E claro, se algum dia formos capazes de recriar o cérebro humano, o que nos impede de criar uma máquina ainda mais eficiente e inteligente que a original?

 

Fonte: io9 - 3 de Maio de 2012

Cocaína realmente frita o seu cérebro, comprova estudo.

Pesquisa mostra que usuários da droga perdem massa cinzenta com o dobro do ritmo considerado normal pela medicina.

Uma pesquisa publicada nesta terça-feira (24 de abril) no periódico Molecular Psychiatry indica que o consumo frequente de cocaína faz com que seu cérebro envelheça de forma extremamente rápida. Segundo os cientistas responsáveis, a perda de massa cinzenta ocorre em ritmo mais acelerado do que o normal em quem é dependente da droga.

 

O estudo avaliou um total de 120 pessoas — 60 das quais tinham o costume de utilizar a substância. Exames revelaram que quem consome o tóxico perde um volume médio de 3,08 mililitros de cérebro por ano, o dobro da quantidade daqueles que não usavam qualquer espécie de droga. A maior parte das perdas ocorria nos córtex pré-frontal e temporal, zonas responsáveis por controlar aspectos como atenção, capacidade de tomar decisões, autocontrole e memória.

 

“Conforme envelhecemos, todos perdem matéria cinzenta”, afirma a Dra. Karen Ersche, da Universidade de Cambridge. “Porém, o que vemos é que usuários crônicos de cocaína perdem matéria cinzenta em um ritmo muito maior, o que dá sinais de envelhecimento prematuro. Nossas descobertas oferecem novas informações sobre o motivo pelo quais déficits cognitivos vistos em idades avançadas também costumam ser observados em pessoas de meia idade que costumam usar a droga”, complementa.

 

Segundo o site Motherboard, levantamentos das Nações Unidas mostram que há cerca de 21 milhões de usuários de cocaína espalhados pelo mundo — desses, uma fatia de 1% é dependente da droga. Isso pode resultar em um problema grave no futuro, já que muitas pessoas em idade produtiva seriam incapazes de fazer qualquer atividade devido ao envelhecimento precoce de seus cérebros.

 

Fonte: Tecmundo - 24 de Abril de 2012

Para quem acreditava que a pornografia era uma atividade relacionada primordialmente a estímulos visuais intensos, temos novidades. Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Groningen, da Holanda, sugere que assistir a filmes eróticos pode, na verdade, desligar a região do cérebro conhecida como córtex visual primário, responsável por processar os estímulos visuais.

 

De acordo com o site Live Science, que conversou com um dos autores do estudo, Gert Holstege, a maioria das ações que envolvem assistir a filmes ou praticar qualquer outra atividade visual faz com que o fluxo de sangue para essa região aumente. Entretanto, quando essa atividade envolve assistir a filmes eróticos explícitos, ocorre o contrário. Ou seja, o cérebro parece desviar o fluxo de sangue para outras regiões, provavelmente para aquelas responsáveis pela excitação sexual.

 

Tomografias e fluxo sanguíneo

Os pesquisadores realizaram tomografias dos cérebros de mulheres enquanto elas assistiam a três tipos de filmes: um documentário sobre a vida marinha do Caribe, um clipe que mostrava cenas de carícias preliminares, e um terceiro, apresentando cenas de sexo explícitas.

 

Os resultados mostraram que as cenas explícitas provocaram reações físicas mais fortes entre as participantes e que o córtex visual primário recebeu um fluxo de sangue bem menor que o recebido durante as exibições dos outros filmes.

 

Para os pesquisadores, essa resposta do córtex pode ser entendida como o cérebro se concentrando mais na excitação do que no processamento das imagens, como se estivesse tentando guardar o máximo de energia possível, desligando todas as regiões que não são necessárias nesse momento. Ou seja, mais ou menos como as reações de fuga e luta, que fazem com que o cérebro estimule o nosso organismo a responder de determinada maneira em situações de stress.

 

Fonte: Tecmundo - 20 de Abril de 2012

A pornografia pode desligar uma parte do seu cérebro.

Estudo sugere que o cérebro pode economizar energia desligando áreas desnecessárias no processo de excitação sexual.

Neurogênese: podemos forçar o cérebro a se regenerar?

Pesquisas recentes indicam que o cérebro guarda células que poderiam ser usadas no combate a doenças neurológicas e danos causados por acidentes.

Até o século passado, tínhamos convicção de que a neurogênese ― ou seja, o processo de geração de neurônios ― estava restrita ao tempo em que os animais permaneciam no útero de suas progenitoras. Um bom indício que comprova essa teoria é a capacidade limitada que seres humanos possuem de se recuperar de derrames ou danos neurológicos causados por acidentes.

 

Porém, com o passar do tempo, novas pesquisas encontraram indícios de que o cérebro de outros animais adultos podia se regenerar. Esse é o caso, por exemplo, dos canários. Um estudo publicado em 1980 por Fernando Nottebohm, da Universidade Rockefeller, em Nova York, demonstra que, durante o outono, esses pássaros regeneram as células cerebrais que perdem durante o inverno.

 

Na ocasião, a descoberta causou certo furor na comunidade científica, já que, de acordo com o artigo “Fantasy Fix”, publicado na revista New Scientist de 18 de fevereiro de 2012, isso pode renovar as esperanças de quem precisa de um tratamento mais eficaz para doenças como o Mal de Parkinson. Apesar de alguns neurocientistas afirmarem que isso não acontece com humanos adultos, outros se sentiram inspirados o suficiente para buscar por um processo semelhante em nossa espécie.

Regeneração cerebral em mamíferos.

Em 1992, os pesquisadores Samuel Weiss e Brent Reynolds, da Universidade de Calgary, em Alberta, Canadá, isolaram células do cérebro de camundongos que possuíam características semelhantes às de células-troncos. Manipuladas em laboratórios, essas células deram origem a novos neurônios e também a outros tipos de células do cérebro.

 

Na natureza, essas “células-mães” funcionam de maneira similar. Fred Gage, do Instituto Salk, na Califórnia, descobriu que a mesma substância adicionada a elas em laboratório está também presente no DNA desses mamíferos. Além disso, a equipe de Gage detectou a presença de proteínas produzidas apenas por neurônios “recém-nascidos”.

 

Graças a esse tipo de pesquisa, foi constatado que, em ratos adultos, a neurogênese acontece em cavidades cerebrais preenchidas com líquido cerebroespinhal. Curiosamente, o sistema nervoso começa a se desenvolver de maneira semelhante, na forma de um tubo vazio que se estende pelas “costas” do embrião. É a partir dele que os neurônios recém-formados criam, posteriormente, o cérebro e a medula espinhal.

 

E não são apenas ratos que apresentam evidências neurogêneses. No fim dos anos 90, foi descoberto que macacos adultos também geram novas células no hipocampo, região do cérebro considerada como a “sede da memória”. Obviamente, macacos são muito mais parecidos com humanos do que os ratos e, portanto, na época, essa notícia foi constatada com muito otimismo.

E quanto aos humanos?

A grande notícia veio quando a equipe de Gage pôde analisar os cérebros de cinco pessoas que tiveram câncer. Enquanto esses pacientes estavam vivos, os pesquisadores tiveram que injetar bromodeoxiuridina (BrdU), uma substância usada para detectar a proliferação de células em tecidos vivos, sendo muito útil para realçar tumores e permitir que os médicos visualizem melhor o estágio da doença. O interessante é que, após a morte desses pacientes, a BrdU foi detectada no hipocampo de todos os pacientes, sugerindo, portanto, que havia geração de novas células naquela região.

 

A descoberta se alastrou pelo mundo todo com muito otimismo, já que, a princípio, parece que o cérebro é muito mais adaptável a situações adversas do que a comunidade científica acreditava. Infelizmente, uma experiência como essa ainda não foi repetida. Porém, outras atestam o mesmo resultado.

 

O Gerd Kempermann, do Centro de Terapias Regenerativas de Dresden, na Alemanha, realizou uma pesquisa com 15 anticorpos diferentes, usados para detectar determinadas proteínas produzidas por neurônios recém-criados. Foram analisados os cérebros de 54 pessoas que morreram quando estavam perto de completar 100 anos de idade.

 

Surpreendentemente, o resultado foi similar ao obtido anteriormente com cobaias de laboratório: a presença de indicativos evidenciando que novas células estavam sendo geradas no hipocampo. Em entrevista para a revista New Scientist de 18 de fevereiro de 2012, o Dr. Kempermann afirmou que apesar de a geração de células diminuir na medida em que a pessoa envelhece, é possível perceber essa atividade mesmo em seres humanos de idade avançada.

 

Além disso, também foi possível detectar a presença de células-tronco no cérebro do Homo sapiens. Essa descoberta só foi possível graças a pacientes que recorreram a uma cirurgia para tratar crises epilépticas. O tratamento consiste, basicamente, na remoção de partes do cérebro onde se originam essas convulsões, que normalmente se dão ao redor do hipocampo.

 

Assim, foi possível isolar o que pareciam ser células-tronco localizadas nessas amostras removidas. Apesar de essas células terem capacidade limitada de crescimento em laboratório, elas possuem a capacidade de gerar novos neurônios. Para os neurocientistas, isso é uma ótima notícia, já que esse “reservatório” de células poderia ser explorado para tratar derrames e doenças como as de Parkinson e de Alzheimer.

Neurogênese e ceticismo científico.

Como já era de se esperar, alguns cientistas se opõem à ideia de que a neurogênese seja possível em seres humanos adultos. Em um artigo publicado na revista Nature (vol. 478; pág. 333), o famoso neurocientista Pasko Rakic afirma que os dados encontrados em experimentos com camundongos não podem ser aplicados aos humanos.

 

Como se não bastasse, Rakic afirma que o uso de BrdU em experimentos como esses não é confiável, já que a substância pode induzir a divisão celular. Por isso, muitos testes agora são feitos com anticorpos que identificam proteínas geradas por neurônios novos, mas ainda não há um consenso quanto a quais proteínas podem identificar, com confiabilidade, a presença de neurônios recém-criados. Além disso, os experimentos que constataram a presença de neurogênese em macacos foram feitos apenas com BrdU.

 

Grosso modo, os cientistas que ainda veem a neurogênese com dúvida resumem a situação dizendo que não existem evidências de que tal fenômeno aconteça no córtex cerebral, que há evidências contraditórias para o caso do nascimento de novos neurônios no bulbo olfatório ― região do cérebro responsável pelos cheiros que sentimos ― e que as provas são limitadas no caso do hipocampo, cuja neurogênese parece diminuir à medida que a idade aumenta e não se sabe, ao certo, se a quantidade disponível poderia ser útil de alguma forma.

 

Pode ser que seja verdade a velha ideia de que o cérebro humano adulto não pode se regenerar. De acordo com Rakic e outros cientistas, é muito provável que, com uma idade avançada, nosso cérebro seja mais estável do que adaptável. Porém, mesmo assim haveria esperança para os pacientes com doenças ou lesões neurais: transplantar neurônios gerados em laboratório para o cérebro do paciente.

 

Infelizmente, a humanidade ainda tem um longo caminho para percorrer até que essas técnicas cheguem aos hospitais e clínicas do mundo todo. Mas é importante saber que já estamos dando os primeiros passos para que isso se torne realidade.

 

Fonte: Tecmunodo - 10 de Abril de 2012

Scanner revela novos detalhes de como o cérebro se conecta.

Diferente do que se imaginava, fibras estão dispostas como se fossem um tabuleiro de xadrez, cruzando em ângulo reto.

Durante muito tempo os cientistas imaginaram que o cérebro era constituído por uma massa de fios emaranhados. Entretanto, novas imagens capturadas por um potente scanner mostram que as suas fibras estão configuradas como um tabuleiro de xadrez, exibindo de forma ordenada cruzamentos em ângulo reto.

 

O estudo que chegou a essa nova conclusão foi liderado por Van Wedeen, pesquisador do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos. “Essa estrutura de grade é contínua e consistente em todas as escalas, podendo ser encontrada nos seres humanos e em outras espécies de primatas”, destaca.

 

Para Thomas Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental, as imagens conseguidas pelo pesquisador representam um marco na história da neuroanatomia humana. “Esta nova tecnologia poderá revelar diferenças individuais nas conexões cerebrais que podem auxiliar no diagnóstico e no tratamento de desordens no cérebro”, completa.

 

O objetivo alcançado pela equipe era um sonho antigo dos pesquisadores, uma vez que o córtex humano desenvolve muitas dobras, cantos e recantos, tornando a estrutura das conexões difícil de ser visualizada.

 

Se compararmos a tecnologia existe na atualidade com as novas imagens obtidas, é possível afirmar que antes tínhamos conhecimento de apenas 25% do cérebro e a partir de agora poderemos ampliar esse número para até 75%. Os resultados completos do estudo serão publicados em breve na revista Science.

 

Fonte: Tecmundo - 31 de Março de 2012

Exposição de cérebros de famosos mostra "mente como matéria"

A entidade mais complexa do universo conhecido ainda continua como uma misteriosa fascinação.

Reuters. Por Kate Kelland - Nós o conservamos, dissecamos, perfuramos, mumificamos, cortamos e fatiamos ao longo dos séculos. Ainda assim, o cérebro humano, a entidade mais complexa do universo conhecido, continua como uma misteriosa fascinação.

 

Com amostras do cérebro preservado de Albert Einstein em lâminas e de outras cabeças famosas ou infames, como a do matemático Charles Babbage e do notório assassino William Burke, a exposição, que começa em Londres esta semana, busca explorar esta intriga.

 

Os curadores dizem que revela a "mente como matéria" com uma perspectiva histórica sobre o que os humanos fizeram com cérebros pela causa da intervenção médica e investigação científica.

 

"(Este) frágil órgão único tornou-se objeto das esperanças, temores e crenças mais profundas da sociedade moderna - e de algumas das práticas mais extremas e de tecnologias avançadas", disse o co-curador da exposição, Marius Kwint, que falou a jornalistas em uma prévia na Wellcome Collection em Londres.

 

"As diferentes formas com que temos tratado e representado cérebros físicos reais despertam um monte de perguntas sobre nossas mentes coletivas."

 

Os cientistas creem que o cérebro contém 100 bilhões de células nervosas e cerca de 100 trilhões de sinapses ou conexões neurais.

 

Ferramentas em exibição na exposição - desde uma trefina com um cabo de madeira, uma lâmina de dente de tubarão, até um arquivo craniano do século 19 que parece um saca-rolhas ou um abridor de garrafas - mostram como apenas entrar nele normalmente é um trabalho difícil. O show apresenta um crânio de 5.000 anos, com furos, mostrando há quanto tempo os seres humanos têm utilizado a intervenção direta sobre o assunto da mente.

 

A exposição termina com vídeos de entrevistas com potenciais doadores de cérebro, procurando ressaltar a importância de um fornecimento contínuo de material novo para trabalhar na busca de tratamentos para doenças como Alzheimer.

 

Fonte: Tecmundo - 27 de Março de 2012

Como a hipnose age sobre o nosso cérebro.

Prática popular nos shows de mágica, ela pode ser muito útil em vários tipos de tratamentos.

Quando mencionamos a palavra “hipnose”, a maioria de nós relaciona essa prática àqueles shows de mágica, nos quais algum coitado da plateia é levado ao palco e obedece às ordens do mágico, fazendo o papel de ridículo. Na verdade, todos ficam se perguntando depois se a coisa toda não passa de pura armação.

 

Entretanto, a hipnose existe há vários séculos, e era utilizada durante cirurgias ou procedimentos dolorosos, quando ainda não existia a anestesia. Ela começou a ser abandonada quando o éter passou a ser utilizado como anestésico, e a comunidade médica acabou rejeitando a prática como forma de reduzir a dor.

 

O que ela faz com o nosso cérebro?

Uma maneira de saber se alguém se encontra em estado hipnótico é observar o movimento involuntário dos olhos. Normalmente, uma pessoa nesse estado chega a se esquecer de piscar, dando a impressão de estar fora do ar. Contudo, o sujeito se encontra em um estado mental hiperativo, ativando áreas do cérebro que normalmente não apresentam tanta atividade. Menos uma.

 

Quando um indivíduo está hipnotizado, existe uma região do cérebro que tem sua atividade reduzida, sendo justamente aquela relacionada à percepção espacial e à que temos de nós mesmos, além de nossa memória episódica. Isso faz com que a pessoa hipnotizada se concentre de forma intensa em algo criado pela própria imaginação — ou que tenha sido sugerido —, mas não como parte do que está sendo imaginado. Os hipnotizados perdem a capacidade de lembrar o que normalmente fariam em determinadas situações, enquanto que a habilidade de pensar em uma variedade de opções imaginárias aumenta.

 

Isso explica a razão pela qual as pessoas em estado hipnótico acabam apresentando um comportamento completamente diferente do normal, permanecendo calmos em situações nas quais se sentiriam aterrorizados, por exemplo.

 

Memória de elefante e nada de dor

Uma característica bem conhecida da hipnose é a de ajudar as pessoas a se lembrarem de detalhes relacionados a eventos passados, dos quais tinham se esquecido conscientemente. Mais ou menos como nos filmes de suspense, quando o personagem que foi hipnotizado passa a ter uma memória fotográfica e consegue reviver os eventos até descobrir quem é o assassino.

 

Entretanto, uma das mais incríveis possibilidades da hipnose é a de suprimir a dor. Através de sugestões, a pessoa hipnotizada pode ser levada a acreditar que a dor que está sentindo durante uma pequena cirurgia não está sendo provocada por um bisturi, mas sim por uma simples picada de formiga, por exemplo. Essa sugestão, aliada ao relaxamento extremo, podem ter efeitos surpreendentes.

 

Embora essa técnica possa ser aplicada no tratamento de diversas doenças, o problema parece residir na tênue linha entre o que o hipnotizador pode ou não pode sugerir que o indivíduo hipnotizado faça. Enquanto o profissional pode levar o indivíduo a não sentir mais dor e até a ajudar com que o “paciente” supere algum trauma, ele também pode levar a pessoa a fazer algo que ela não queira. Você se deixaria hipnotizar?

 

Fonte: Tecmundo - 12 de Março de 2012

Beber demais pode encolher o seu cérebro.

Estimular o cérebro durante o aprendizado pode melhorar sua memória para sempre.

Estudo evidencia que o nível de receptores de dopamina pode estar relacionado ao alcoolismo.

Estudo publicado revela que neuropróteses podem transformar experiências diárias em memórias duradouras.

Uma descoberta publicada no New England Journal of Medicine e divulgada pelo jornal britânico Daily Mail pode resolver um problema de memória que atinge milhões de pessoas em todo mundo. Pesquisadores da Universidade de Califórnia, nos Estados Unidos, revelaram que podem fortalecer a memória humana estimulando uma área específica do cérebro.

 

A equipe, liderada pelo doutor Itzhak Fried, trabalha com foco em uma região do cérebro chamada de córtex entorrinal, considerada a porta de entrada para o hipocampo, que ajuda a formar e armazenar memórias. O córtex entorrinal é responsável por transformar experiências diárias em memórias duradouras.

 

Experiências:

Os pesquisadores realizaram um experimento em sete pacientes com epilepsia, implantando eletrodos em seus cérebros para identificar a origem das suas convulsões e monitorar a forma como suas memórias estavam sendo formadas.

 

Os pesquisadores testaram a estimulação cerebral profunda do córtex entorrinal usando um video game simulador de taxi, com cidade e passageiros virtuais. Os pacientes faziam o papel do taxista e precisavam desembarcar seis passageiros em locais solicitados pelos cientistas, ação feita repetidas vezes.

 

A experiência revelou que os pacientes reconheceram marcos e navegaram pelas ruas virtuais mais rapidamente quando as fibras nervosas do córtex entorrinal deles eram estimuladas durante a aprendizagem (ou seja, na primeira vez que eles percorriam os caminhos). Além disso, eles encontravam atalhos pela cidade virtual, refletindo uma memória espacial melhor.

 

Resultados:

O uso da estimulação apenas durante a fase de aprendizagem sugere que os pacientes não precisam passar por estimulação contínua para aumentar a sua memória, mas apenas quando eles estão obtendo informações importantes (no caso da pesquisa, apenas enquanto eles aprendiam a chegar aos locais que deveriam deixar os passageiros).

 

Isso pode revelar novas maneiras de criar neuropróteses (próteses artificiais usadas para melhorar ou substituir sistemas neurais), que podem ser ativadas durante fases específicas do processamento de informações ou de tarefas diárias. Além disso, representa uma esperança no combate ao Alzheimer, através de um novo método para aumentar a memória em pacientes com a doença. Por ano, mais de 30 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com a doença.

 

Fonte: Tecmundo - 10 de Fevereiro de 2012

Um estudo, conduzido nos Estados Unidos, avaliou os efeitos do consumo crônico de álcool em ratinhos com e sem receptores para a dopamina, o neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer e motivação.

 

Durante seis meses, a metade de cada grupo bebeu apenas água, enquanto a outra bebeu uma solução incrementada com 20% de álcool. Os pesquisadores descobriram que os ratos sem os receptores DRD2 apresentaram mais danos cerebrais que os ratos normais. Além disso, o tamanho do cérebro também mostrou alterações.

 

Os resultados:

O resultado da pesquisa demonstrou que o consumo crônico de álcool por parte dos ratos sem receptores provocou uma atrofia significativa do cérebro como um todo, e que algumas áreas — especialmente as responsáveis pela fala, memória de longo prazo, sinais motores e informação sensorial — chegaram a encolher. Os ratos normais não apresentaram os mesmo sinais. O fato de que apenas os ratos sem dopamina apresentaram esses danos sugere que o receptor tem um importante papel na proteção contra a atrofia cerebral e a exposição crônica ao álcool.

 

Portanto, humanos com baixos níveis de receptores DRD2 podem ser mais susceptíveis a se tornarem alcoólatras e, de acordo com um dos autores do trabalho, estudos como este podem nos ajudar a entender o papel da variação genética no alcoolismo e nos danos cerebrais em humanos, apontando melhores estratégias para prevenção e tratamento.

 

Fonte: Tecmundo - 17 de Fevereiro de 2012

Tamanho de área do cérebro define a popularidade das pessoas.

Fato foi revelado em uma pesquisa realizada no Reino Unido.

Por que uma pessoa tem muitos amigos e outra só tem um ou dois? Ao que foi descoberto em uma pesquisa recente, publicada no periódico Proceedings of the Royal Society, não é só a personalidade e temperamento de uma pessoa que define a sua popularidade, e sim uma região específica do cérebro.

 

Segundo um estudo, realizado em 2011 pelas universidades de Oxford e de Manchester, no Reino Unido, é o tamanho do córtex pré-frontal orbital (região do cérebro localizada acima dos olhos) que determina se alguém é popular e tem ou não mais facilidade em suas relações sociais. Quem possui essa área com um tamanho maior consegue estabelecer mais vínculos sociais com outras pessoas.

 

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores escanearam o cérebro de 40 voluntários para medir o tamanho do córtex pré-frontal (região responsável por planejamento de ações e pensamento abstrato). Feito isso, os participantes foram questionados sobre seus eventos sociais da semana anterior à pesquisa, sendo também submetidos a testes de mentalização.

 

“Descobrimos que as pessoas que tinham mais amigos obtiveram resultados melhores nos testes de mentalização e possuíam uma quantidade maior de neurônios no córtex pré-frontal orbital”, diz Robin Dunbar, um dos líderes da pesquisa e professor da Universidade de Oxford. O fato elucidou os cientistas sobre novas teorias a respeito dos mecanismos que levaram os humanos a desenvolver cérebros maiores do que de outras espécies.

 

Fonte: Tecmundo - 8 de Fevereiro de 2012

Microscópio é capaz de ver neurônios em pleno funcionamento.

Cientistas desenvolvem equipamento que consegue espiar células vivas do cérebro.

Embora os cientistas já estivessem habituados a avaliar células mortas em microscópios superpoderosos, nunca havia sido possível observar células vivas em pleno funcionamento e em altíssima definição.

 

Graças aos trabalhos do Dr. Stefan Hell e sua equipe do Instituto Max Planck na Alemanha, isso agora pode ser feito. A equipe vinha trabalhando há anos no desenvolvimento de microscópios de ultrarresolução, chamados STED, e agora conseguiram registrar imagens em altíssima definição de neurônios vivos do cérebro de um rato de laboratório.

 

Para poder capturar as imagens, os cientistas cortaram o crânio de um ratinho, cobrindo o cérebro exposto com um vidro, onde então foi posicionado o microscópio. Para facilitar a visualização, os cientistas modificaram algumas células do animal geneticamente, para que se tornassem fluorescentes. Um software instalado no microscópio permitiu que o aparelho focasse especialmente essas células.

 

O resultado foram imagens em altíssima resolução de neurônios vivos existentes na parte externa do cérebro de um rato de laboratório, a uma resolução de até 70 nanômetros.

 

Com isso, agora será possível estudar como algumas drogas agem e o que pode ajudar no desenvolvimento de novos medicamentos que ajudem na cura de diversas doenças neurológicas.

 

Fonte: Tecmundo - 7 de fevereiro de 2012

Você não está louco por procurar as chaves que estão em seu bolso.

Estudo mostra que partes do cérebro se comportam de formas diferentes, atrapalhando a percepção.

Você já se atrasou para algum compromisso perdendo tempo ao procurar uma chave que sempre esteve em suas mãos? Ou aquele boné que desapareceu, mas que estava o tempo todo em sua cabeça? Se você ficou preocupado e imaginou ter algum tipo de problema por não ter percebido esses fatos, saiba que esse tipo de coisa é bastante normal e, como sempre, é culpa do seu cérebro.

 

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Waterloo, no Canadá, isso acontece porque as diferentes áreas do órgão passam a trabalhar em diferentes velocidades para tentar encontrar o objeto perdido. Um pouco da memória tenta relembrar onde foi a última vez que você o viu, a imaginação sugere possíveis lugares em que ele está escondido e, nessa bagunça cerebral, a parte responsável pela percepção não consegue manter o mesmo ritmo.

 

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores da universidade criaram um pequeno programa de computador que simula a situação e pediu para que voluntários empilhassem peças coloridas de acordo com as coordenadas dadas enquanto tudo era monitorado. Ao término da avaliação, percebeu-se que entre 10 e 20% das pessoas se perdiam no processo e não enxergavam o objeto que estava à sua frente.

Após vários outros experimentos envolvendo memória e até mesmo atenção, os estudiosos chegaram à hipótese de que este fenômeno ocorre pelo modo como o cérebro se comporta. Em um dos testes, por exemplo, foi detectado que as pessoas moviam o mouse mais devagar após perderem a peça, indicando que há um reflexo que tenta corrigir a falha anterior.

 

De acordo com um dos responsáveis pela pesquisa, Grayden Solman, a velocidade do cérebro na área responsável pelo movimento é tão rápida que a parte visual não consegue acompanhar. Solman explica isso na prática. Segundo ele, procurar as chaves perdidas na bagunça de sua casa nem sempre significa que você está realmente olhando para os objetos, o que pode fazer com que você perca um tempo preciso.

 

Fonte: Tecmundo - 6 de Fevereiro de 2012

5 fatos curiosos sobre os sonhos.

Sonhos podem revelar muito sobre a sua personalidade... Embora também possam denunciar se a sua TV é em cores ou em preto e branco.

Talvez, para a maioria das pessoas, os sonhos sejam apenas aquelas histórias que ocupam a cabeça durante uma boa noite de sono. Às vezes são assustadores. Às vezes são engraçados. Às vezes trazem realizações que gostaríamos de ver incluídas em nosso check-list. E, por fim, em muitos casos, trata-se, aparentemente, apenas de um amontoado de imagens aparentemente sem sentido — isso caso você consiga se lembrar de algo ao acordar.

 

Mas deve haver algo mais. De acordo com o psicoterapeuta Jeffey Sumber — em entrevista ao site Psychcentral —, “o maior mito sobre os sonhos é aquele que assume que se tratam apenas de manifestações frívolas de ocorrências diárias”. Quer dizer, você sabia que a linguagem utilizada pelos sonhos é predominantemente simbólica? Vários estudos apontam para a descarga inconsciente representada pela atividade de sonhar.

Além disso, é provável que os temas dos seus sonhos variem consideravelmente conforme você envelhece — embora condições emocional e biologicamente relevantes, como a gravidez, também tendam a reger as “doideiras” do sonho.

 

Enfim, caso você ainda não esteja convencido de que a sua capacidade de voar ou aquele seu harém particular não são apenas entretenimento promovido pelo bom e velho João Pestana, confira abaixo uma lista com cinco fatos particularmente curiosos sobre os sonhos — talvez alguns deles até influenciem a sua próxima noite de sono.

Os temas dos sonhos variam de acordo com a idade.

 

Talvez você pense que os seus sonhos são exclusivos — quer dizer, com conteúdos originais provenientes do cotidiano, talvez. Bem, é provável que essa não seja exatamente a verdade.

 

De acordo como psicólogo Ian Wallace, autor do livro “The Top 100 Dreams” (algo como “os 100 sonhos mais comuns”, em uma tradução livre), há diversos temas comuns nos sonhos dos seres humanos. “Embora nossas experiências de vida variem, temos padrões de comportamento similares e mentes similares”, afirmou Wallace em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

 

E mais: a sua idade pode determinar o tipo de material simbólico que embala o seu sono. Segundo o pesquisador, é comum que crianças sonhem com algo assustador que habita os cantos do quarto. Já adolescentes normalmente são perseguidos por zumbis, perdem os pais ou ficam presos em cemitérios. Juntamente com os deveres da idade adulta, entretanto, surgem pesadelos sobre perder o avião ou abandonar os filhos por engano.

A sua TV pode determinar as cores do seu sonho.

 

Um estudo publicado pelo site Psycentral revelou que 80% dos participantes com idade inferior a 30 anos sonhavam em cores. Entretanto, ao abordar a faixa etária dos 60 anos em diante, esse número despencou para 20% dos participantes.

 

Mas a coisa toda fica ainda mais curiosa. Ao acompanhar as mudanças nos levantamentos da pesquisa através dos anos em que os dados foram coletados (de 1993 a 2009), os estudiosos perceberam um aumento no número de adultos que sonhava em cores. Entretanto, isso ocorreu apenas nas faixas dos 20 aos 30, dos 30 aos 40 e dos 40 aos 50.

 

A conclusão temporária? O advento da televisão em cores pode ter determinado que os sonhos ganhassem novas tonalidades. Em outras palavras, é possível que a teledifusão influencie consideravelmente aquilo que você sonha durante a noite.

 

Entretanto, os pesquisadores concluem: “caso as diferenças de exposição às mídias realmente expliquem os resultados, ainda resta a questão de como e por que a exposição às imagens de TVs e filmes preto e brancos têm esse efeito nos participantes, mesmo após vários anos de exposição a mídias coloridas, e considerando-se que vivem em um mundo com uma profusão de cores”.

Deficientes visuais de nascença têm sonhos sem imagens.

Os sonhos são normalmente associados com a ideia de que devem existir imagens. Isso conduz a um equívoco bastante comum: o de acreditar que pessoas cegas de nascença não teriam sonhos. De acordo com a psicóloga Eliane Liesemberg Dias Ferreira, grande parte do que compõe os sonhos advém de material captado pelos sentidos na noite que precede o sono.

 

Naturalmente, isso não inclui apenas a visão, mas também as percepções auditiva, visual, tátil, olfativa e gustativa. “Sonhos normalmente são moldados a partir de nossas memórias sensoriais. No caso de um deficiente visual, ainda haverá diversas ‘imagens’ perceptivas ligadas aos demais sentidos que não a visão”, explicou Eliane.

 

A gravidez altera a temática dos sonhos

 

Diversos elementos emocionalmente relevantes acabam por encontrar reflexo em nossos sonhos. Com a manternidade não haveria de ser diferente. A psicóloga Marion Gallbach, autora do livro “Aprendendo com os Sonhos”, acompanhou diversas mulheres grávidas de primeira viagem para sua dissertação de mestrado.

 

Em entrevista ao site O Significado dos Sonhos, Marion disse que oito em cada dez gestantes sonhavam com “água”, “dilúvio” e “tsunamis”, embora leite e filhotes de animais também sejam temas recorrentes. Segundo a psicóloga, tratam-se de símbolos comumente relacionados com o instinto biológico, e também com as mudanças físicas e psicológicas pelas quais passa uma gestante.

 

Seus sonhos revelam muito sobre a sua personalidade

Para quem normalmente ignora os sonhos (bons ou ruins) assim que desperta, eis um aviso: as quimeras que povoam o seu sono REM podem revelar mais do que parece sobre a sua personalidade. “Algumas pessoas podem sentir que seus sonhos são assustadores, que provocam ansiedade, e que seria melhor acordar para se sentir bem novamente”, disse o psicoterapeuta Jeffey Sumber ao site Psychcentral.

 

Ele continua: “essas pessoas tendem a ignorar os sentimentos que o inconsciente tenta fazer com que confrontem nos seus sonhos. Sonhos representam uma oportunidade de aprender mais sobre nós mesmos e sobre o caminho escolhido na vida. Normalmente, trata-se da tentativa de estabelecer uma ponte entre a mente inconsciente e a mente consciente”.

Bem, mas qual seria a melhor forma para que você se conheça através dos seus sonhos? O pesquisador sugere uma pequena lista que deveria ser considerada para tanto:

 

  • Anote o conteúdo dos seus sonhos: mantenha um bloco de anotações ao lado da cama, a fim de anotar o que puder se lembrar do sonho no momento em que acordar;
  • dentifique os seus sentimentos durante um sonho: você sentiu medo, excitação, remorso, raiva? Tente descrever como se sentiu durante a sonho;
  • Considere todos os elementos: você pode ser retratado de inúmeras formas nos seus sonhos. Você pode tanto ser o herói quanto o vilão, por exemplo. De qualquer forma, vale levar em consideração todos os detalhes; e
  • Mesmo os sonhos mais comuns podem ter grande significação: mesmo um singelo café da manhã pode revelar muito sobre o seu inconsciente. Dessa forma, vale dar atenção mesmo aos sonhos mais comuns e, aparentemente, irrelevantes. Afinal, você pode estar sozinho ou acompanhado durante uma refeição ou o prato pode ser o mesmo que sua mãe preparava durante a sua infância.

 

Fonte: Tecmundo - 06 de Fevereiro de 2012

O seu time é melhor que o meu apenas em seu cérebro.

Estudo mostra que cérebro humano é predisposto a acreditar que o seu time favorito está melhor que o adversário.

Pode parar de dizer que as brigas de torcida são causadas pelo futebol. O verdadeiro responsável pela violência nos estádios é o seu cérebro. Isso mesmo. Um estudo feito pela University of Queensland, na Austrália, e publicado recentemente pelo site New Scientist mostra que o sentimento de “o meu time é melhor que o seu” tem mais causas naturais do que se imaginava.

 

De acordo com o responsável pelo estudo, Pascal Molenbergh, o cérebro humano reage de forma que um torcedor sempre enxergue o desempenho de sua equipe de maneira positiva, mesmo quando ela não é tão boa assim. Como é de se imaginar, isso acaba criando alguns confrontos de opiniões.

 

Para confirmar sua teoria, Molenbergh dividiu 24 voluntários em dois grupos e pediu que eles participassem de um pequeno jogo: um representante de cada time deveria fazer uma série de movimentos com as mãos e todos os envolvidos deveriam determinar quem foi mais rápido. O resultado mostrou que todo mundo considerou o membro de seu time como o vencedor, mesmo quando ambos realizaram a tarefa na mesma velocidade.

 

Além disso, a atividade cerebral durante a brincadeira apontou que a área responsável pela percepção foi ativada durante o jogo, e não na hora de determinar o vencedor, comprovando que todos os envolvidos já tinham uma predisposição para apoiar seus favoritos.

 

Fonte: Tecmundo - 31 de Janeiro de 2012

Por que a minha perna "dorme"?

Quando ficamos muito tempos parados em uma posição, alguma parte do nosso corpo pode "dormir". Você sabe o que causa isso? Veja a explicação e saiba como evitar que isso aconteça frequentemente.

 

Alguma vez você já se perguntou por que as suas pernas e braços muitas vezes parecem ficar adormecidos, principalmente quando estão cruzados? Isso seria causado apenas pela má-circulação do sangue na área, ou existe algo a mais? Nós fomos atrás de uma resposta e encontramos uma explicação um pouco mais completa.

 

Comunicação interrompida

Quando nós cruzamos uma perna por cima da outra, colocamos pressão em uma delas, podendo desta forma comprimir os nervos — que são os responsáveis por enviar os impulsos do seu cérebro para o resto do corpo. Se isso for feito por um período grande de tempo e com pressão suficiente, essa comunicação entre o cérebro e os membros é parcialmente cortada, causando a sensação de amortecimento, como se a perna tivesse dormido.

Não apenas as pernas podem “dormir”. Qualquer parte do corpo pode ter essa sensação, mas isso é mais corriqueiro nos pés, pernas, braços e mãos, já que é mais comum aplicarmos pressão sobre essas partes do corpo.

 

Quando você dorme com o corpo em cima de um dos braços, por exemplo, é muito provável que ao acordar você sinta que ele tem pouca ou nenhuma resposta aos comandos enviados pelo cérebro, parecendo morto. Segundos — ou minutos — depois, isso é seguido de um forte formigamento no local, muitas vezes acompanhado de um desconforto e dor intensa. Não se preocupe, essa sensação incômoda é sinal de que o seu braço está voltando à vida.

 

Você pode estar se perguntando “Mas e a circulação do sangue, Tecmundo, o que tem a ver com isso?”, e a resposta é: bastante. Quando você comprime o nervo — dificultando a comunicação da sua cabeça com o corpo — o mesmo acontece com os seus vasos sanguíneos, interrompendo parcialmente o fluxo de sangue no local.

 

Desta forma o sangue para de circular por ali, as células não conseguem receber nutrientes e oxigênio e isso torna o seu comportamento um tanto anormal. Esses dois fatores combinados fazem com que os nervos também se comportem de forma confusa, causando os conhecidos formigamentos no local.

 

Um desconforto importante

Apesar de ser uma sensação incômoda e, por muitas vezes, bastante dolorida, o formigamento é muitíssimo importante. É possível dizer que esse desconforto é o grande herói desta história, já que sem isso você poderia perder as suas pernas e braços sem se dar conta disso.

Isto por que, quando a sua perna começa a formigar, você geralmente troca de posição, se mexe e resolve (mesmo que parcialmente) o problema de comunicação dos seus nervos e vasos sanguíneos. Quando você faz isso, na realidade está salvando a sua perna de problemas bem maiores do que dor, formigamento e sensações de agulhadas.

 

Nossos membros podem ficar relativamente bem sem a comunicação com o cérebro e coração por aproximadamente uma hora (dependendo da idade e condição física de cada pessoa), mas a partir desse período é bom tomar cuidado. Se mexer e mudar de posição sempre são as melhores opções para você não correr o risco de precisar amputar uma parte do seu corpo por esse tipo de problema.

 

Quando estamos dormindo, nós nos mexemos pelo menos o suficiente para não deixar a noite de sono se transformar em pesadelo. Se você dormisse a noite inteira sobre o seu braço poderia matá-lo para sempre, mas isso dificilmente aconteceria, já que com a dor e o formigamento você sempre acaba se mexendo — mesmo sem acordar.

 

Voltando ao normal

Quando você passa um período maior de tempo fazendo pressão sobre os nervos e vasos — ou dependendo do tipo de nervo que está sendo afetado, o tempo de recuperação e os sintomas sentidos são mais intensos. Muitas vezes, apenas um leve formigamento é sentido, mas existem casos em que sentimos dor aguda e sensações fortes de agulhadas.

Nesses casos, deixe o local afetado imóvel durante alguns segundos, até essas sensações passarem. Depois disso, procure sair da posição que você estava, dê uma andada e mexa os braços e pernas até todo o incômodo passar, para só então voltar ao que você estava fazendo. O melhor mesmo é sempre movimentar os membros (mesmo quando estiver sentado) e procurar não cruzar as pernas por muito tempo.

 

Fonte: Tecmundo - 30 de Janeiro de 2012

Um grupo de cientistas publicou nesta semana um estudo na Proceedings of the National Academy of Sciences em que analisa como o cérebro se comporta sob a influência de psilocibina, substância química alucinógena encontrada em cogumelos. O estudo tinha como objetivo ainda analisar o quão impactante podem ser as drogas lícitas e ilícitas em áreas específicas do cérebro.

 

O trabalho foi conduzido pelo neuropsicofarmacologista David Nutt e contou com 30 voluntários. Todos eles receberam uma dose intravenosa de 2 mg de psilocibina, quantidade considerada moderada e que pode ser comparada a uma dose oral de 15 mg.

 

As regiões em azul na imagem acima mostram as áreas que foram afetadas e que tiveram a sua atividade diminuída durante o efeito da substância. A pesquisa ajuda a desvendar um mito de que drogas do gênero “expandem” os limites da mente durante uma “viagem psicodélica”.

 

Na verdade, o que acontece é exatamente o oposto. A sensação percebida pelo usuário durante o efeito nada mais do que o impacto direto da substância agindo em determinadas regiões do cérebro, que têm as suas funções limitadas. Com áreas sendo restringidas cognitivamente, as demais tentam se adaptar e assumir funções que não são suas. O resultado é um funcionamento diferente e, por conta disso, perceptível de maneira distinta.

 

A mesma situação pode ser percebida durante o uso de outras drogas, embora em escalas e regiões diferentes. Testes realizados com consumidores de bebidas alcoólicas, cigarro e maconha comprovam que determinadas áreas se tornam menos ativas.

 

A sensação de alteração sensorial se dá justamente em razão da privação de algumas áreas e o consequente “auxílio” das áreas não afetadas. Em outras palavras, seu cérebro tenta se adaptar a uma situação anormal de funcionamento.

 

Déficit de atenção e perda de memória são características comuns a todos os usuários de drogas lícitas e ilícitas. O que acontece, em alguns casos, é que o uso excessivo faz com que o cérebro crie vínculos adaptados permanentes, substituindo a atividade de regiões afetadas pelo funcionamento parcial mantido por outras.

 

Obviamente, há uma perda no processo. Em outras palavras, seja qual for a droga em questão, o tão desejado efeito da “viagem” nada mais é, grosso modo, do que a privação de determinadas áreas do cérebro, o que a longo prazo pode provocar danos irreversíveis.

 

Fonte: Tecmundo - 26 de Janeiro de 2012.

 

 

Imagens mostram como as drogas afetam o seu cérebro.

Em diferentes escalas, drogas lícitas e ilícitas modificam diversas regiões do cérebro, alterando o seu comportamento e causando danos à saúde.

4 técnicas de lavagem cerebral que estão sendo utilizadas em você.

Cuidado! Sua mente pode estar sendo manipulada e você nem fazia ideia de como isso acontece.

 

Você já teve a sensação de que estava tomando decisões sem realmente estar pensando? Muita gente passa por isso porque sofreu processos de Reeducação de Pensamento, mais popularmente conhecida como “Lavagem Cerebral”. Você sabe quais são as técnicas utilizadas para isso?

Dessa maneira, palestrantes dos mais diversos tipos conseguem fazer com que seu público seja convencido de diversas “verdades”. Essa técnica, aliada às práticas de reprogramação, pode causar muitas mudanças de comportamento e mentalidade nas pessoas que foram atingidas pela “lavagem cerebral”.

 

Geralmente, os oradores começam seus discursos baixando a confiança dos ouvintes, fazendo com que eles se sintam muito mal. Depois, começam a mostrar que o melhor jeito de superar os problemas relacionados aos seus erros – que acabaram de ser apontados – é seguir os passos do palestrante.

 

Em uma plateia com 200 pessoas, pelo menos metade se deixa levar pelas frases impactantes proferidas. Com grande frequência, as pessoas que fazem este tipo de reprogramação utilizam discursos vagos, que podem ser encaixados na vida de qualquer um. Assim, todos se sentem imersos no assunto e enxergam a salvação no orador.

 

Isso vale para diversas situações, sendo que as mais comuns são as ofertas de produtos. “Bons” vendedores conseguem convencer seus clientes de que eles possuem itens obsoletos e dispensáveis, sendo que somente o que eles oferecerem pode suprir todas as necessidades naquele momento.

 

Ritmo e progressão

Algumas das técnicas mais eficientes para reeducação de pensamento exigem a utilização de frases e sons ritmados, capazes de fazer com que os ouvintes sejam imersos na atmosfera que o orador está criando. Quanto maior a multidão, mais fácil se torna esse processo – desde que o palestrante conheça e domine as práticas utilizadas.

 

Músicas calmas de fundo conseguem prender a atenção das pessoas, ao mesmo tempo em que podem incitar a fúria ou a paz, dependendo da intenção dos locutores. O ritmo da fala também deve seguir alguns padrões: os palestrantes geralmente começam ternos e vão ganhando paixão com o decorrer do tempo, até chegar ao ápice. Essa progressão rítmica raramente falha em multidões.

 

Merchandising

A todo o momento você pode ver propagandas na televisão, sempre mostrando o quanto alguns produtos são superiores a outros. Mas você pode nem perceber que os comerciais começam antes mesmo de o intervalo ser anunciado. Em filmes e novelas, é muito comum o aparecimento de produtos de marcas famosas sendo consumidos pelos mocinhos da história.

 

Esse tipo de inserção costuma gerar muitos resultados para as empresas anunciantes, apesar de custar um preço bastante alto. Há estimativas de que, em horário nobre, personagens das novelas não bebem um refrigerante por menos de 500 mil reais (isso em 2002, conforme mostrado por um documento do Observatório da Imprensa).

 

Se o produto apenas aparecer, sem ser consumido, o valor pode cair vários milhares de reais. Por outro lado, se além de utilizado, for elogiado, o preço do anúncio gera lucros bem interessantes para a emissora responsável. E você acha que isso não influencia você de maneira nenhuma?

 

Então pare para pensar nos seus tempos de colégio. Quantas meninas utilizavam adornos indianos quando a Índia era tema de uma novela do horário nobre? E os meninos que tinham apelidos inspirados nos personagens de desenhos animados? É assim que acontece o estímulo ao consumo.

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Você já sentiu que estava tendo a mente modificada enquanto via televisão, ouvia rádio, participava de palestras ou navegava na internet? Pois agora você conhece algumas das principais técnicas utilizadas por oradores para conquistar públicos e vender ideias.

 

Fonte: Tecmundo - 19 de janeiro de 2012

Separamos quatro das principais delas, que são utilizadas até hoje por oradores de todo o planeta. Entenda melhor o funcionamento da lavagem cerebral e esteja pronto para se proteger quando alguém tentar dominar sua mente com técnicas de reprogramação.

 

Mensagens subliminares

Apesar de, atualmente, as mensagens subliminares serem muito relacionadas a músicas tocadas ao contrário, elas têm uma origem muito mais obscura. Em 1956, durante a projeção de um filme chamado “Picnic” (que no Brasil chegou aos cinemas batizado de “Férias de Amor”), um cinema norte-americano exibiu uma mensagem estimulando o consumo de um refrigerante em alguns quadros.

 

Quem estava no cinema não conseguia perceber a mensagem, mas os resultados foram surpreendentes. Segundo o site Mundo Subliminar, o aumento nas vendas do refrigerante no dia foi de 57%. Isso com apenas alguns quadros de mensagens escondidas, técnica que foi aprimorada com o tempo.

 

No final da década de 1990, a MTV norte-americana foi processada por utilizar algo parecido em suas propagandas. Ao mesmo tempo em que passava as vinhetas, uma série de imagens era mostrada na tela, incluindo fotografias pornográficas de meninas amarradas em alguns poucos quadros, quase imperceptíveis. Isso deixava as pessoas muito perturbadas – mais do que o normal – com as vinhetas do canal.

 

Nesse caso da televisão, a intenção não era vender nenhum produto, mas foi muito útil para manter as pessoas perturbadas e atraídas ao mesmo tempo. Com isso, prolongava-se o tempo que cada espectador passava com o canal sintonizado.

 

Repetição e reprogramação

Você conhece o ditado que diz que “uma mentira contada mil vezes se transforma em uma verdade”? Pois o cérebro humano funciona mais ou menos dessa maneira e, quando não estamos preparados, acabamos acreditando em mensagens que são repetidas inúmeras vezes, mesmo que elas não sejam as mais sinceras.

6 maneiras de turbinar o seu cérebro.

Exercício físico, técnicas de memorização e até um cafezinho na hora certa podem ajudar a aproveitar sua mente ao máximo.

Em “Duna”, romance de ficção científica escrito por Frank Herbert, havia uma classe de personagens conhecida como mentat, pessoas treinadas para agir como se fossem verdadeiros computadores. E essas pessoas não eram simples calculadoras humanas: também possuíam muita habilidade lógica e a capacidade de trabalhar com uma quantidade enorme de dados.

 

Apesar de “Duna” ser uma obra de ficção, há muita realidade em relação aos mentat. Por volta de 1949, por exemplo, o Comitê Nacional para Aconselhamento sobre a Aeronáutica (NACA) dos EUA contratava mulheres com capacidades incríveis de cálculo para desempenhar o papel que computadores viriam a ocupar décadas depois. Hoje, a expressão “computador humano” também é usada para definir pessoas com grandes habilidades em cálculo mental.

 

Mas o que pouca gente percebe é que todos nós temos a capacidade de adquirir algumas habilidades de mentat. Isso leva tempo e exige dedicação, mas há uma série de truques e exercícios que podem ser feitos para melhorar a memória e o raciocínio, fazendo com que o ser humano possa extrair o máximo possível do computador de 16,8 mil GHz que carrega no crânio.

1. Cafeína: aditivo para a mente

 

Muita gente costuma dizer que só começa a “funcionar” pela manhã depois da primeira xícara de café. Além disso, é comum ver trabalhadores e estudantes intercalando seus estudos com pausas para saborear um pouco da bebida tão apreciada pelos brasileiros.

 

O café pode ser um bom combustível para uma mente preguiçosa ou sonolenta. Mais precisamente, o que faz com que as pessoas despertem e fiquem mais ativas é um composto químico presente na bebida: a cafeína. Esse estimulante age no sistema nervoso central e no metabolismo do corpo, deixando quem o ingere mais alerta e disposto para executar qualquer tarefa entediante.

 

Esse composto também pode ser encontrado em chás, bebidas energéticas, guaraná, erva-mate e refrigerantes à base de noz-de-cola. Mas não é bom abusar: por mais inofensiva que pareça ser, a cafeína é uma espécie de droga e pode levar à dependência. Além disso, o consumo em excesso da substância pode causar efeitos colaterais muito desagradáveis, como irritabilidade, nervosismo, insônia, dores de cabeça e até taquicardia. Portanto, use com moderação e evite ultrapassar o limite diário de 250 mg de cafeína.

2. Enlouqueça a vizinhança com solos de guitarra

 

Estudar música pode deixar alguém mais inteligente. De acordo com uma pesquisa (PDF, em inglês) realizada na Universidade de Toronto, crianças que recebiam aulas de teclado ou canto possuíam um aumento pequeno, mas significante, no QI, se comparado com alunos da mesma faixa etária que não passavam pela educação musical.

 

E nunca é tarde para aprender. Existem instrumentos musicais de todos os tamanhos e valores, prontos para servir a qualquer perfil de estudante. Melhor ainda, há também uma alternativa para quem não quer gastar dinheiro: aprender um pouco de teoria musical e a distinguir as diferentes notas já ajuda a aumentar o seu QI.

 

Portanto, mãos à obra! O Baixaki está cheio de softwares gratuitos e destinados à educação musical. Com todas essas facilidades, não há desculpas para não tentar.

3. Um, dois, três: exercício físico já!

 

Existem algumas evidências de que a prática de exercícios físicos constantes ajuda a melhorar as funções cerebrais. Dr. John Medina, do site Brain Rules, alega pelo menos duas razões para isso:

 

"Exercícios físicos aumentam o fluxo de oxigênio no cérebro e reduzem os radicais livres naquela região, deixando a pessoa mais esperta; aumentam a resistência de neurônios a danos e ao stress."

 

Além disso, praticar uma atividade física também melhora a percepção espacial, além de deixar a pessoa mais ágil e mais disposta para tarefas de longa duração. Sem contar todos os benefícios cardiorrespiratórios e ósseos que o esporte pode oferecer. Como se não bastasse, quem se exercita regularmente também diminui os riscos de sofrer de doenças crônico-degenerativas. Em outras palavras, exercitar o corpo é exercitar a mente.

4. Parles-tu français? Do you speak English?

 

Diversos estudos indicam que crianças bilíngues, ou seja, que cresceram aprendendo mais de um idioma, possuem vantagens cognitivas que vão além do simples domínio de uma nova língua.

 

No livro “In Other Words”, os psicólogos Ellen Bialystok e Kenji Hakuta alegam que as diferenças estruturais entre as duas línguas dominadas pela criança fazem com que ela pense de maneiras diferentes e mais complexas. Além disso, ao longo do tempo, o aprendizado bilíngue proporciona ao estudante maiores sensibilidade e percepção linguísticas.

 

Ainda há dúvidas sobre a possibilidade de um adulto aumentar suas funções cognitivas ao aprender um novo idioma. Mesmo assim, são inquestionáveis os benefícios que o domínio de uma segunda língua pode trazer, a começar pela quantidade de material extra que a pessoa poderia aproveitar na internet.

5. Contas de cabeça na velocidade da luz

 

Existem maneiras muito práticas e fáceis de calcular mentalmente. Com um pouco de treino, você pode dar os primeiros passos para ser um computador humano. Quer uma demonstração? Ao multiplicar um número de dois algarismos por 11, basta somar esses dois algarismos e posicionar o resultado entre eles. Por exemplo: 23 x 11 = 253 e 54 x 11 = 594.

 

Mas é claro que o método também possui suas exceções. Ao multiplicar 85 por 11, por exemplo, a soma dos algarismos 8 e 5 resulta em 13. Nesse caso, não podemos simplesmente colocar o 13 ente os números: 8.135 não é o valor correto. Para resolver a conta de maneira mais simples, basta colocar no meio do número o algarismo das unidades e somar ao primeiro termo a casa das dezenas: (8+1)35 = 935.

 

Divertido, não? Existem muito truques como esse para você aprender a realizar contas mais rapidamente. Uma pesquisa no Google por “cálculo mental” retornará muitos sites interessantes para você vasculhar.

 

 

6. Memorize facilmente com a mnemônica

 

Anda muito esquecido? Precisa decorar alguma informação para a prova na escola? Não se preocupe: a mnemônica dá um jeito! Aparentemente, o ser humano consegue memorizar melhor dados que estão associados a alguma informação pessoal, espacial ou relativamente importante para você. É por isso, por exemplo, que nos cursinhos para vestibulares os professores bombardeiam os alunos com musiquinhas e macetes que facilitam a memorização.

 

Quer alguns exemplos? A fórmula da circunferência, por exemplo, pode ser lembrada como sendo a dos dois franceses chamados Pierre (C = 2 * pi * r). Existe também a fórmula do Chevette, usada para calcular a distância: X= v * T. E assim por diante. Há, inclusive, quem use as próprias mãos para saber qual mês tem 31 dias e qual não tem:

Na imagem acima, sempre que o mês corresponder com o nó dos dedos, ou seja, a elevação, ele possui 31 dias. Caso contrário, não. Note, por exemplo, que a técnica também cobre a sequência julho-agosto, ambos com o mesmo número de dias.

 

Portanto, fica a dica: quando quiser se lembrar de algo com mais facilidade, recorra à mnemônica.

 

Fonte: Tecmundo - 18 de janeiro de 2012

Como sabemos, o cérebro é responsável pela percepção que temos do mundo, desde as funções mais básicas do nosso corpo até os sentimentos complexos e quase inexplicáveis passam por esse órgão. Logo, o ato de ouvir música não poderia ser diferente.

 

Porém, o que talvez você não saiba é que a música causa efeitos muito curiosos em nossos cérebros, chegando a influenciar, inclusive, hábitos de consumo e a forma como percebemos o passar do tempo. Confira, a seguir, uma lista de sensações e benefícios que aquele seu disco favorito pode proporcionar.

1. Com música, o tempo passa diferente.

 

Já percebeu que todo teleatendimento possui vinheta ou música de espera? Pois aquele toque está ali com um propósito: fazer com que o cliente não perceba que está esperando há muito tempo pelo atendimento. Isso diminui as chances de que a pessoa desligue o telefone antes de resolver o seu problema.

O mesmo truque é usado em consultórios e outros estabelecimentos com sala de espera, além de ser uma das estratégias de lojas, shoppings e mercado para fazer com que as pessoas se sintam menos apressadas durante a compra.

 

O que acontece, nesses casos, é que a música serve para desviar a sua atenção. Como o cérebro humano possui uma capacidade limitada de recebimento de informações, é provável que acabemos por prestar mais atenção à música do que ao movimento dos ponteiros do relógio. Mas o contrário também pode acontecer. Ouvir música ao realizar uma tarefa importante, por exemplo, pode fazer com que a pessoa tenha a impressão de que o tempo passou mais rápido, afinal, o trabalho acaba ocupando mais “processamento” do cérebro.E pense bem antes de escutar "Friday" enquanto espera por alguém: as músicas que você não gosta podem fazer com que três minutos pareçam 30 dentro da sua cabeça.

2. Música mexe com nosso medo instintivo.

 

Quem já assistiu ao filme “O Exorcista” e tremeu de medo durante a cena em que o demônio é expulso do corpo de Reagan já tem uma desculpa para dar aos amigos: aqueles gritos, na verdade, não eram da atriz Linda Blair, mas de porcos sendo preparados para o abate.

 

Alguns sons despertam o medo no ser humano e, é claro, a indústria cinematográfica sabe muito bem disso. É por isso, por exemplo, que as cenas de suspense ou terror estão sempre acompanhadas de trilhas sonoras que ajudam a intensificar a tensão ou medo que sentimos enquanto assistimos ao filme. Isso funciona porque existem certos sons que os seres humanos irão sempre associar ao perigo iminente ou medo, como o grito de outras pessoas ou espécies de animais. Os cientistas chamam esses sons de “ruídos discordantes”. Sendo assim, se quiser passar menos medo quando revir o filme, deixe o volume da TV no mínimo.

3. Academia e música: combinação perfeita.

 

Muita gente gosta de ouvir música enquanto corre ou malha o corpo na academia. Curiosamente, isso é muito mais do que uma mania ou mero passatempo, já que diversos benefícios podem ser alcançados dessa forma. Para começar, a música ajuda o atleta a obter um desempenho melhor, segurando pesos por mais tempo, reduzindo o consumo de oxigênio e concluindo corridas em menos tempo. Parte disso vem da característica citada no primeiro item desta lista: a música distrai. Dessa forma, as pessoas não se preocupam tanto com as dores que sentem nas pernas ou com quantos quilômetros ainda precisam correr.

 

Mas os benefícios não acabam por aí. A música também ajuda a sincronizar o exercício com o tempo musical. Dessa forma, atletas não perdem tanto tempo e esforço aumentando ou diminuindo a performance de acordo com o próprio ritmo. Como se não bastasse, o MP3 player também pode servir como analgésico para treinos que exigem muito esforço: de acordo com uma pesquisa publicada na The Cochrane Library, quem ouve música depois de ser operado sente menos dores.

 

4. Mais uma cerveja! E aumenta o som, DJ!

 

Por esta todo mundo esperava: a música que toca na balada altera a percepção humana sobre as bebidas, fazendo com que clientes consumam mais do que o normal e até solicitem determinados drinks. Quer um exemplo? De acordo com o artigo “The Effect of Background Music on the Taste of Wine” (PDF em inglês), a música clássica faz com que os clientes peçam vinhos mais caros, já que se deixam levar pela ideia de sofisticação e riqueza que circunda as obras de Mozart e outros compositores.

 

Além disso, outros estudos indicam que a música ambiente também altera o sabor do vinho. Dependendo da canção que está tocando, a bebida pode parecer mais refrescante ou doce do que o normal. O professor Adrian Nort, responsável pelo estudo, também constatou, em uma pesquisa anterior, que se um mercado tocasse músicas com som de acordeão, os clientes acabavam comprando mais vinhos franceses do que alemães.

 

É claro que isso não se restringe ao mundo dos vinhos. Músicas agitadas e com batidas fortes fazem com que as pessoas consumam mais álcool em bares e boates. Aliás, já noticiamos, aqui no Tecmundo, que ambientes ruidosos colaboram para que as pessoas percam o bom senso e bebam mais do que o normal.

 

Mas quando o assunto são os restaurantes, as músicas calmas é que fazem os clientes pedir uma dose extra. Por deixarem os consumidores mais relaxados, é muito provável que eles continuem sentados e conversando, mesmo depois de terem terminado a refeição. Assim, aumentam as chances de que o consumidor peça mais uma garrafa de bebida para continuar o papo. E caso os hits do momento tenham feito você beber demais, não se preocupe: no Tecmundo você também encontra dicas científicas para curar a ressaca.

5 coisas que a música pode fazer com o seu cérebro.

Aliviar dores e possibilitar maior desempenho de atletas são apenas alguns dos efeitos causados pela música no ser humano.

 5. Música melhora a comunicação.

 

Você sempre detestou as aulas de piano ou violão que sua mãe insistia para você fazer? Pois agora, agradeça: estudar música faz com que seja mais fácil reconhecer variações sutis de emoções em outras pessoas. Além disso, em um ambiente com muito barulho, o estudante de música consegue filtrar melhor os ruídos e se concentrar na conversa de que está participando. Experimentos atestam que estudantes de música conseguem expressar melhor suas emoções e reconhecer o estado emocional de outras pessoas com mais sensibilidade, analisando, por exemplo, o tom de voz da pessoa que estiver falando. E mais: essa habilidade se torna mais desenvolvida de acordo com o tempo dedicado aos estudos. Portanto, lembre-se: as aulas de música tidas na infância podem ajudar alguém a se tornar um profissional com uma ótima capacidade de comunicação.

 

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Não tem desculpa para deixar a música de lado. Quem gosta de apreciar esse tipo de arte agora já pode comprar suas faixas favoritas pela iTunes Store brasileira. E se quiser dar um passo adiante, o Baixaki possui uma seção dedicada apenas para ferramentas de áudio, incluindo uma listagem de softwares para educação musical e discotecagem.

 

Fonte: Tecmundo - 4 de Janeiro de 2012

5 mitos sobre o cérebro que você jurava ser verdade.

Chega de torturar crianças com Mozart: elas não ficarão mais inteligentes por ouvir o compositor. Confira a detonação desse e de outros mitos sobre o cérebro humano.

O cérebro humano ainda guarda muitos mistérios. Apesar de haver evidências de que o estudo do sistema nervoso existe desde o Egito Antigo, foi só com o surgimento do microscópio, em 1890, que as pesquisas sobre o cérebro passaram a ser mais sofisticadas. Muitas das descobertas que persistem ainda hoje no campo da neurociência foram realizadas a partir de 1950.

 

As pesquisas atuais não cansam de nos surpreender. O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, por exemplo, conseguiu “separar” a mente do corpo, fazendo com que as ondas cerebrais de um macaco nos EUA controlassem um robô no Japão.

 

Mas mesmo com todo o avanço, ainda há muito que descobrirmos sobre o cérebro humano. Por isso, é normal que alguns mitos sobre o funcionamento desse órgão prevaleçam na cultura popular. Sendo assim, preparamos uma lista com a detonação de cinco famosos equívocos sobre o cérebro que são sempre repetidos por aí. Vamos a eles!

1. “Quem usa o lado esquerdo do cérebro é bom em matemática...”

 

É muito comum ouvir que pessoas bem organizadas ou com facilidade para solucionar problemas lógicos são aquelas que “pensam” com a parte esquerda do cérebro. Em compensação, as pessoas que tendem a usar mais o lado direito são as que possuem mais vocação para a arte e trabalhos que exigem criatividade.

 

Quem costumava usar isso como desculpa para justificar as notas baixas em matemática agora vai ter que se desculpar. De acordo com a médica e escritora Lisa Collier Cool, esse mito surgiu nos anos de 1800, quando médicos descobriram que danos causados em um lado do cérebro causavam a perda de habilidades específicas. Entretanto, estudos recentes demonstram que os dois hemisférios do cérebro estão mais ligados do que imaginávamos, sendo que tanto a solução de problemas lógicos quanto a realização de trabalhos criativos disparam atividades nos dois lados do órgão humano.

 

Outro fato que colaborou para o mito foi que o lado esquerdo do cérebro controla o lado direito do corpo, e vice-versa. Apesar de ser verdade, isso não explica o porquê de uma pessoa canhota ser muito criativa ou alguém destro gostar de matemática. Em outras palavras: todos estão aptos a serem habilidosos em ambas as áreas.

2. O cérebro é cinza.

 

Sabe aqueles cérebros acinzentados e dentro de potes que costumamos ver em filmes e seriados de TV? Pois bem, eles existem, mas aquela não é a cor do órgão dentro de nossas cabeças. O cérebro se torna cinza por causa dos produtos químicos usados para a sua conservação, como o formaldeído.

 

Apesar de a famosa massa cinzenta existir em nosso cérebro, há também a massa branca, as áreas avermelhadas pela presença de vasos sanguíneos e uma região preta, que adquire essa coloração por causa da neuromelanina, pigmento encontrado também na pele e no cabelo humano.

3. Álcool mata as células do cérebro.

 

Calma, antes de começar a beber todas, vamos à ciência por trás disso. E nada como começar com uma ressalva: o álcool pode sim matar células do seu cérebro, mas apenas se tiver 100% de pureza. Como as bebidas legalizadas são vendidas com um teor alcóolico muito abaixo disso, as chances de matar os seus neurônios são muito baixas.

 

De acordo com estudo realizado em 1993 por Grethe Jensen, em vez de matar as células o álcool danifica as terminações nervosas conhecidas como dendritos. Ou seja, apesar de a célula em si não ser invalidada, a forma como ela se comunica com as outras acaba prejudicada. E, diferentemente das drogas que atuam em regiões específicas do cérebro, o álcool atua no órgão todo, podendo causar um verdadeiro estrago em casos de abuso.

 4. Usamos apenas 10% do nosso cérebro.

 

Você já deve ter ouvido falar que o ser humano usa apenas 10% do cérebro, certo? Pois bem, esse é um dos mitos mais populares e mais fáceis de serem quebrados. Para refutá-lo, basta fazer a seguinte pergunta: se isso é verdade, então para que servem os outros 90% do órgão? E a culpa, desta vez, é da televisão, que não raramente é acusada de estar emburrecendo os telespectadores.

 

De acordo com o site Snopes, especializado em desvendar hoaxes e mitos, essa informação equivocada surgiu em um anúncio de revista, no ano de 1998, que dizia: “Você usa apenas 11% do seu potencial”. Porém, quando a emissora norte-americana ABC resolveu usar a frase em propagandas para a série “The secret lives of men” , ela foi alterada para “Homens usam apenas 10% do cérebro”.

 

Depois disso, não demorou muito até que especialistas em paranormalidade assumissem que os outros 90% do cérebro guardavam poderes psíquicos adormecidos, que podem ser reativados com o devido treinamento. Até mesmo o famoso Uri Geller, na introdução de um de seus livros, cita o fato.

 

Mas o fato é que isso não passa de bobagem. Lisa Collier Cool explica que, por meio de tomografias e ressonâncias magnéticas é possível constatar que atividades mentais complexas usam diversas áreas do cérebro e, ao fim do dia, o cérebro todo acabou trabalhando. Outra prova de que usamos muito mais do que os tais 10% é o fato de que uma lesão no cérebro, por menor que seja, pode trazer danos irreparáveis ao seu portador. Seria muito azar machucar justamente a porção funcional do órgão.

5. Mozart e joguinhos aumentam seu QI.

 

Não seria legal se pudéssemos ficar mais inteligentes ouvindo música ou resolvendo exercícios de lógica? Nós também achamos. Há, inclusive, games bem divertidos, como os da série Brain Ages, do Nintendo DS. Mas de acordo com uma pesquisa divulgada pelo site Physorg, esses títulos aumentam tanto o seu QI quanto Mario Bros. ou Tetris.

 

O estudo, que chegou a ser publicado pela conceituada revista Nature, avaliou mais de 8,6 mil pessoas com idade entre 18 e 60 anos e que jogaram esses games por, pelo menos, 10 minutos por dia e três vezes por semana. Outra equipe, com mais de 2,7 mil participantes, deveria se preparar apenas navegando na internet e respondendo a perguntas de conhecimentos gerais.

 

Comparando os resultados coletados por meio de testes aplicados antes e depois do treinamento, os pesquisadores não conseguiram detectar melhora naqueles que se submeteram ao treinamento com partidas de video game. Pelo contrário: aqueles que passaram o tempo navegando na web tiveram um desempenho maior em algumas seções das provas.

 

A mesma coisa acontece com a música de Mozart. Apesar de ser boa e de colaborar para o aumento de cultura do ouvinte, mesmo que seja um bebê de 3 anos, não há respaldo científico para a ideia de que as composições dele possam aumentar a inteligência de alguém. Mesmo assim, existe toda uma indústria de CDs e produtos para bebês que se sustenta em cima desse mito.

 

De qualquer forma, podemos afirmar sem medo: brincar com video games e conhecer um pouco mais sobre música clássica não fará mal a ninguém, certo?

 

Fonte: Tecmundo - 23 de dezembro de 2011

Cérebro humano contra Computador: como eles se comparam?

Apesar de incríveis, os computadores ainda estão longe de se equiparar à máquina de 16.800 GHz que carregamos dentro de nossas cabeças.

Mas o que isso significa na prática? Bem, para ter uma ideia do tamanho da capacidade de processamento do cérebro, basta lembrar que o Deep Blue, computador da IBM citado anteriormente, possuía apenas 3 milhões de MIPS. E, de acordo com o artigo de Hans Moravec, uma CPU Pentium de 700 MHz era capaz de executar 4,2 mil MIPS. Sendo assim, seriam necessárias 24 mil unidades dessa CPU para chegar aos 100 milhões de MIPS do cérebro humano, o que equivaleria a um clock conjunto de 16,8 milhões MHz ou 16,8 mil GHz.

 

E que tal uma comparação mais atual? O processador Intel Core i7 Extreme Edition 3960X, por exemplo, possui 177.730 MIPS e opera com clock de 3,33 GHz. Dessa forma, precisaríamos de 564 CPUs dessas para alcançar a velocidade do cérebro. É claro que, apesar de essas serem informações curiosas, não se pode, simplesmente, comparar o cérebro humano com um processador. É fácil perceber que a “arquitetura” do nosso órgão é muito mais complexa do que a de uma CPU e que ele trata as tarefas de forma diferente, como se tivesse milhares de núcleos à sua disposição.

O computador é burro, mas trabalha bem:

 

O computador não é nada inteligente. Por mais veloz que seja, ele está limitado a executar apenas a tarefa para a qual foi programado. Essa, porém, é uma daquelas desvantagens que também têm o seu lado bom.

 

Ao mesmo tempo em que está limitada ao algoritmo que deve ser executado, a máquina pode realizar a mesma tarefas por horas a fio e a uma velocidade constante, sem que se chateie ou entre em questionamentos filosóficos sobre a vida, o universo e tudo o mais.

Cooler do tamanho de uma cidade:

 

Se o cérebro humano funcionasse dessa forma, você poderia fazer apenas uma tarefa por vez: teria que olhar para uma paisagem e só depois pensar sobre ela, por exemplo. Mas felizmente o cérebro funciona de maneira semelhante à computação paralela, sendo que os neurônios fazem o papel de microprocessadores que trabalham em conjunto. E diferentemente de um sistema computacional comum, o cérebro possui um baixo consumo de energia e dispensa sistemas de refrigeração.

 

De acordo com o livro The Human Mind, se fosse possível construir um computador tão complexo como o cérebro humano, seria necessário construir uma usina elétrica exclusiva e capaz de fornecer megawatts de energia. Além disso, a máquina exigiria que o dissipador de calor fosse do tamanho de uma cidade.

...

 

Com base nas comparações acima é possível perceber que estamos longe de desenvolver computadores que cheguem perto do poder do cérebro humano. Entretanto, isso ainda não é motivo para desanimar. Afinal, pode ser que com os avanços da nanotecnologia, inteligência artificial e dos computadores com DNA os pesquisadores possam quebrar barreiras do modelo computacional atual. E pode ter certeza que, quando isso acontecer, o Tecmundo estará pronto para noticiar!

 

Fonte: Tecmundo - 21 de Dezembro de 2011

Armazenamento: 100 milhões de megabytes:

 

Nos PCs de hoje é comum encontrarmos discos rígidos com capacidade de armazenar 300 ou 500 GB de dados. Porém, aqueles que costumam baixar muito conteúdo da internet acabam apelando para unidades externas com 1 TB de espaço em disco, sendo que modelos de até 3 TB já foram lançados. Mas qual seria o espaço disponível para o armazenamento de informações em nosso cérebro? Afinal, se passamos anos de nossas vidas aprendendo coisas novas na escola e no dia a dia, será que a nossa “memória interna” nunca se esgota?

 

De acordo com Robert Birge, da Universidade de Siracusa, o cérebro humano é capaz de guardar de 1 a 10 TB de informações, sendo que 3 TB seria a média mais comum. Essa estimativa foi realizada em 1996 e usou como base a contagem de neurônios, assumindo que cada um deles fosse capaz de armazenar 1 bit. Desde então, mais de uma década de estudos se passou e a resposta mudou. De acordo com a resposta do professor de psicologia Paul Reber para a revista Scientific American, apesar de o nosso cérebro possuir, provavelmente, um limite de armazenamento, ele é grande o suficiente para não termos que nos preocupar com ele.

 

O cérebro humano possui cerca de 1 bilhão de neurônios. Cada um desses neurônios forma, pelo menos, mil conexões com outros neurônios, totalizando mais de 1 trilhão de conexões. Se cada um desses neurônios pudesse armazenar apenas uma memória ou informação, teríamos problema de “espaço em disco”. Mas como os neurônios se combinam, cada um pode armazenar muitos dados ao mesmo tempo, aumentando a capacidade de armazenamento do cérebro humano para cerca de 2,5 petabytes (1 milhão de gigabytes).

Isso significa que, se o seu cérebro fosse capaz de gravar programas de TV, por exemplo, ele poderia armazenar 3 milhões de horas de vídeos, e a televisão teria que ficar ligada, ininterruptamente, por 300 anos para encher todo o espaço livre. Parece o suficiente, não?

É comum compararmos o computador com o cérebro humano e vice-versa. E parece que essas analogias ficaram mais sérias depois de 1997, quando o computador IBM Deep Blue venceu o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em uma partida de seis jogos, sendo que três delas resultaram em empate.

 

Apesar de o computador ser uma invenção do cérebro, é indiscutível que, em certos contextos, a invenção superou o inventor. Hoje, PCs são capazes de fazer cálculos e de trabalhar para nós a uma velocidade assombrosa, sem queda de produtividade ou ameaça de tédio. Porém, ao mesmo tempo, esses “cérebros” não são tão potentes ou inteligentes como aqueles que carregamos em nossas caixas cranianas.

 

Por isso, preparamos uma comparação entre o computador e o cérebro humano, com dados que poderão dar uma noção melhor de como eles se parecem ou diferem um do outro e de quão longe estamos de construir máquinas tão complexas. Confira!

Parabéns! Você já tem uma CPU de 16,8 mil GHz:

 

A velocidade de processamento do cérebro humano não pode ser medida da mesma forma como fazemos com as CPUs usadas em nossos computadores. Porém, é possível estimar esse valor com base no funcionamento da retina, o tecido nervoso do olho responsável, literalmente, pela visão que temos do mundo.

 

De acordo com o conhecimento atual da estrutura e funcionamento da retina humana, cientistas estabeleceram que ela é capaz de processar o equivalente a 10 imagens de 1 milhão de pontos por segundo. E ao comparar o volume dessa parte do olho com o do cérebro humano, pesquisadores chegaram à conclusão de que o cérebro possui 100 milhões de MIPS (Milhões de Instruções Computacionais por Segundo).

 

Racismo e o cérebro.

Memórias indesejadas.

A música e os neurônios.

Controle remoto natural.

Fé e comportamento cerebral.

Suicídio após Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Relação entre inteligência e tamanho cerebral.

Relação entre inteligência e tamanho cerebral.

Estudo sobre a bulimia nervosa.

Tratamento de pessoas autistas.

O que provoca a insônia?

Síndrome de Münchausem

Síndrome de Münchausem

Pesquisadores do Darmouth College nos EUA publicaram na revista “Nature Neuroscience” em novembro de 2003, a possibilidade de descobrir se uma pessoa tem preconceito racial, através da análise de suas imagens cerebrais. Indivíduos brancos que apresentam preconceito racial ficaram com a região cerebral relacionada à cognição temporariamente debilitada. Isso ocorre porque ao se esforçarem em não serem ofensivos e nem preconceituosos acabavam enfraquecendo essa parte do cérebro.

 

Fonte: Revista Galileu, edição nº 149, Reportagem: “Racismo cerebral”.

Em janeiro de 2004 cientistas da Universidade de Oregon publicaram na revista “Science”, a possibilidade das pessoas, intencionalmente, esconderem da consciência as memórias inúteis ou indesejadas. Segundo os neurocientistas, através da ressonância magnética, quando um indivíduo deseja esquecer algo que não lhe é agradável, uma área do córtex frontal do cérebro age sobre o hipocampo ( uma estrutura essencial para a memória), inibindo sua atividade. Futuramente espera-se aplicar este tipo de trabalho em pacientes que apresentem transtorno do estresse pós-traumático, para que com isso descubra-se o motivo dessas pessoas viverem atormentadas por lembranças desagradáveis.

 

Fonte: Revista Galileu, edição nº 151, Reportagem: “Uma idéia resgatada do esquecimento”.

Em pesquisa publicada pela revista britânica “Nature”, o psicólogo Glenn Schellenberg da Universidade de Toronto (Canadá), constatou que praticar música faz as crianças se tornarem mais inteligentes. O pesquisador realizou testes de QI nas crianças antes e depois de elas exercerem durante nove meses atividades extra-curriculares relacionadas com a música, como aulas de canto e piano. Após esse tempo, o QI de todas subiu em média 4,3 pontos, contudo, o aumento alcançado pelos meninos cantores e pianistas foi de sete pontos.

 

Fonte: Revista Galileu, edição nº 158, Reportagem: “Música para os neurônios”.

O FDA (órgão federal que regulamenta alimentos e drogas nos EUA) já aprovou os testes clínicos que a empresa Cyberkinetics irá realizar pela primeira vez em seres humanos. O objetivo dos testes é implantar um chip de 2 mm2, onde estão alocados 100 eletrodos. Estes serão colocados na superfície do cérebro, sobre o córtex motor, região responsável pela ativação dos movimentos corporais. Após esse procedimento o usuário será conectado a um aparelho através de um cabo do qual serão passados os sinais produzidos pelos neurônios. Assim, através da atividade neuronal, com o paciente imaginando que está movendo braços e dedos, o cérebro humano agirá como um controle remoto natural e será capaz de produzir reações na máquina em que estiver conectado.

 

Fonte: Revista Galileu, edição nº 154, Reportagem; “Convertendo pensamento em ação”

O radiologista Andrew Newberg da Universidade da Pensilvânia, publicou em 2001 nos EUA, uma experiência feita com um grupo de budistas tibetanos e um de freiras franciscanas. Enquanto estes grupos meditavam e rezavam, respectivamente, um exame de tomografia era realizado. As imagens mostraram uma maior ativação na região do lobo frontal responsável pela concentração, que durante a meditação está relacionada às experiências espirituais e uma redução na atividade da região do lobo parietal, responsável pela orientação espacial, que durante a oração está ligada às sensações do indivíduo se sentir “um ser único com o Universo”. As regiões relacionadas à linguagem e abstração e à visão, também se mostraram ativas durante as experiências religiosas devido a presença de imagens como velas, cruzes e ícones religiosos.

 

Fonte: Revista Galileu, edição nº 132, Reportagem: “De onde vem a fé”

Pessoas que sobrevivem a um AVC, frequentemente tornam-se incapacitados e a taxa de depressão dos mesmos varia de 18% a 60% dos casos, conforme critério utilizado no estudo. Procedimento: foram analisados todos os casos diagnosticados como AVC num período de 16 anos num hospital da Dinamarca, sendo 19.266 homens e 18.603 mulheres, totalizando 37.869 pacientes.

Resultados: foram registrados 140 suicídios sendo 80 deles de mulheres. Comentários: foi comprovado que pacientes que sofreram AVC estão propensos a tentar suicídio, em especial, mulheres acima dos 60 anos.

 

Fonte: Brit. Med. J. Vol 316 N 7140 1998

Estudos feitos com gêmeos monozigóticos têm indicado a influência genética nas funções intelectivas. Este estudo deseja verificar se há alguma relação entre essas funções e o tamanho da cabeça e do cérebro do indivíduo. Procedimento: foram empregadas 10 duplas de gêmeos monozigóticos. Todos passaram por uma avaliação para detectar possíveis problemas neurológicos ou psiquiátricos e nada expressivo foi descoberto. Resultados: não foi encontrada nenhuma diferença significativa em relação às medidas da cabeça e das estruturas do encéfalo. O tamanho e/ou a massa cerebral novamente não significam maior inteligência.

 

Fonte: Neurology vol 50 n 5 pag 1246 1998

Os estudos sobre a bulimia nervosa concentram-se no acompanhamento à curto prazo, deixando de lado o acompanhamento à longo prazo. Por conta disso, um estudo prolongado foi feito para acompanhar o desenvolvimento da bulimia em alguns pacientes.

Procedimento: 222 mulheres com bulimia há mais de 10 anos foram selecionadas e acompanhadas. No começo do trabalho elas tiveram 3 episódios por semana de exagerada ingestão e vômitos por 6 meses. No término do trabalho uma paciente havia falecido;

 

22 pacientes não queriam mais participar do estudo, 22 não foram encontradas e 177 continuaram participando. De todas, havia 4 que não estavam com bulimia por completo. Estatisticamente os resultados não foram prejudicados, mesmo havendo desistência de algumas pacientes.

 

Resultados: após 11,5 anos de acompanhamento, 11% das pacientes continuavam com bulimia nervosa, 18,5% das pacientes havia apresentado transtornos alimentares que não podiam ser classificados, 0,6% tiveram crise de anorexia e 69,9% recuperaram-se e não apresentaram mais sintomas.

Resumo: pelos resultados obtidos, nota-se que a bulimia pode se prolongar muito em mais ou menos um terço das pacientes. Quanto mais prolongado a bulimia, maiores serão as chances de se tornar crônica.

 

Fonte: Neurology vol 50 n 5 pag 1246 1998

Os estudos sobre a bulimia nervosa concentram-se no acompanhamento à curto prazo, deixando de lado o acompanhamento à longo prazo. Por conta disso, um estudo prolongado foi feito para acompanhar o desenvolvimento da bulimia em alguns pacientes.

Procedimento: 222 mulheres com bulimia há mais de 10 anos foram selecionadas e acompanhadas. No começo do trabalho elas tiveram 3 episódios por semana de exagerada ingestão e vômitos por 6 meses. No término do trabalho uma paciente havia falecido;

 

22 pacientes não queriam mais participar do estudo, 22 não foram encontradas e 177 continuaram participando. De todas, havia 4 que não estavam com bulimia por completo. Estatisticamente os resultados não foram prejudicados, mesmo havendo desistência de algumas pacientes.

 

Resultados: após 11,5 anos de acompanhamento, 11% das pacientes continuavam com bulimia nervosa, 18,5% das pacientes havia apresentado transtornos alimentares que não podiam ser classificados, 0,6% tiveram crise de anorexia e 69,9% recuperaram-se e não apresentaram mais sintomas.

Resumo: pelos resultados obtidos, nota-se que a bulimia pode se prolongar muito em mais ou menos um terço das pacientes. Quanto mais prolongado a bulimia, maiores serão as chances de se tornar crônica.

 

Fonte: Arch Gen. psychiatry 1999;56:63-9

Diversos métodos como terapia cognitivo-comportamental, reeducação dos pais – para melhor lidar com os filhos autistas –, terapias de diálogo e linguagem, terapia ocupacional, treinamento social e outros, vêm sendo adotados para tratar pessoas com autismo.

Os resultados obtidos com esses procedimentos citados têm sido muito satisfatórios. Entretanto, os pacientes autistas devem passar por novas avaliações constantemente para que sejam feitos ajustes, caso precise, ao longo do tratamento, mediante a necessidade de cada paciente.

 

Fonte: J Adm Child Adolescent Psychiatry 35: 134-143; 1996

Estudo realizado com 216 pessoas com idade entre 14 e 89 anos apontou a origem da insônia. Esta pode ser originada pela insônia primária (quando não há o sono, mas o corpo “sente” o sono), maus hábitos no sono-vigilia (como excesso de bebidas alcoólicas e café , ficar na cama deitado sem dormir), condicionamento negativo(ficar “tentando” dormir) e transtornos psiquiátricos. Entretanto este último é a causa mais comum, com 46% do total, que pode ser dividido em: 4% psicoses, 4% desordem de ajustamento, 10% desordem de personalidade, 10% transtorno de ansiedade, 63% transtorno de humor e 9% outros transtornos.

Quando uma pessoa não consegue dormir ela não consegue relaxar. Se após 30 minutos a pessoa não conseguir dormir, o melhor a fazer é levantar-se e procurar fazer algo até que o sono venha.

Os autores desse estudo afirmam que os critérios para diagnosticar a insônia são incompletos, e portanto, apresentam falhas. Novos critérios devem ser estudados para se ter mais precisão no diagnóstico.

 

Fonte: Am J Psychiatry 1997; 154:1412-1416

Doença rara do comportamento humano, na qual mães criam mentiras que induzem seus filhos, ou ela mesma, a desenvolver doenças. Existem casos de mães que injetavam sua própria urina (ou seu sangue) em seus filhos, e em muitas vezes os sufocavam para que aparentassem estar doente. Batizada em homenagem a vida de aventuras do Barão Von Münchausen, foi reconhecida pela psiquiatria em 1977.

 

As pessoas que desenvolvem essa síndrome fazem-se de vítima para ter atenção e carinho dos que estão a sua volta. A maioria das pessoas afetadas sofreu algum tipo de violência ou tiveram pouco carinho na infância. Os adultos têm consciência do que fazem, mas não sabem o porquê. A Síndrome de Münchausen é uma patologia de difícil diagnóstico, pois quando o médico desconfia que os sintomas, na realidade, não existem, o doente some levando o filho consigo.

 

Como Saber Mais:

 

GREGORY, Julie. Eu Não Sou Doente.

 

SCHER, R. Munchausen´s syndrome. Lancet 1951;1:339-34.

SNOWISE, NG. Munchausen´s syndrome by proxy. Update 1997;55:364-5.

http://www.psiqweb.med.br/infantil/violdome3.html

Do que é composto o cérebro?

- A maioria das pessoas irá dizer neurônios,mas na verdade estes apenas ocupam 2% a 10% do total de células cerebrais. Os outros 90% a 98% são células gliais (ou glia).

 

E o que afinal fazem as gliais?

- Seriam responsáveis pelas funções secundárias, como suporte, ”preenchimento de espaço”, eliminação de detritos, isolamento elétrico e fornecimento de nutrientes para os neurônios. Mas hoje em dia sabe-se que estas não são somente as funções da glia. Ela também envolve as sinapses, os pontos de comunicação entre neurônios, onde eles emitem e reconhecem substâncias como glutamato. Nesses locais, a função da glia é absorver muito rapidamente todo excesso de glutamato que “transborda” da sinapse. Se não fizesse isso, o banho de glutamato rapidamente se tornaria tóxico, excitando os neurônios até a epilepsia à morte.

 

A dor é psicológica?

- De certa forma sim. O cérebro produz uma espécie de morfina, que age especificamente na representação mental da parte do corpo que vai sofrer um ataque.

 

Quanto sangue é necessário para manter o cérebro funcionando?

-750ml,ou uma garrafa de vinho cheia, passando por minuto.

 

Porque sempre dizem que não é bom fazer exercícios depois de comer?

- Na verdade é como se fosse uma brincadeira de cabo-de-guerra; Os músculos, subitamente requisistados, tentam roubar sangue do estômago, que este por sua vez estava utilizando para fazer a digestão. O estômago, inconformado, reage, puxando o sangue de volta das extremidades do corpo (por isso as mãos ficam frias!); mas na confusão acaba roubando sangue do cérebro também e a pessoa desmaia.

 

Porque não sentimos nossas próprias cosquinhas?

- O cérebro bloqueia as sensações produziadas pelo movimento do próprio corpo (Assim como não sentimos os sapatos roçando nos pés a cada passo).

 

· O número de neurônios corticais não depende do peso ou tamanho da pessoa, as varia sim com a idade e com o sexo.

 

· Na verdade não temos apenas 5 sentidos. São 7! Estes são o movimento e o equilíbrio. Parece que apenas os notamos quando estes faltam. Um exemplo muito bom disso é de quando ficamos sentados em cima de uma das pernas, deixando-a dormente. Dificultando a circulação do sangue, os sensores localizados nos músculos e nas articulações da perna ficam asfixiados. Seu cérebro, então deixa de receber informações sobre o quanto cada músculo está contraído e sobre a posição de cada articulação no espaço, mas não tem como saber que essas informações estão faltando –até que eles realmente façam falta quando você tenta andar e ele não “encontra” sua perna para lhe passar as ordens adequadas. Um belo estabaco é o resultado!

 

· Dos 20 aos 90 anos, perdem–se 10% dos neurônios corticais = perda de 31 milhões de neurônios por ano = 85 mil neurônios por dia!

 

· Já em portadores de Alzheimer, no espaço de alguns anos, perdem-se metade dos neurônios de determinadas regiões = perda normal após 320 anos de vida!

 

· Na verdade quando sentimos dor de cabeça, o cérebro não sente nada. Isso se deve porque o cérebro não é auto-declarativo, ou seja, não é sensível a coisa alguma.

 

· Para falar é preciso ter intacta uma porção do cérebro situada sob a têmpora - mas basta o lado esquerdo do cérebro. Se for lesada a porção correspondente do lado direito, a fala não será afetada; falar é uma especialidade do hemisfério cerebral esquerdo.

 

· Quem gagueja tem os dois lados do cérebro ativos ao mesmo tempo na hora de falar. É como se os dois lados competissem e acabassem se enrolando todo.

 

· 4 semanas de insônia (completa) levam à morte!

 

· Gêmeos de autistas têm 375 vezes mais chances de nascer com a síndrome.

 

· De cada 5 autistas, 4 são homens.

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Entre as principais novidades, está a inclusão de distúrbio em games (gaming disorder - 6C51), que já havia sido anunciado no começo do ano. A OMS define a desordem como um “padrão de comportamento persistente ou recorrente”, de gravidade suficiente para “resultar em comprometimento significativo nas áreas de funcionamento pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou outras”. Veja como este distúrbio pode afetar a vida de quem perde o controle no vídeo abaixo.

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