Assim como os ossos do crânio protegem a delicada estrutura cerebral, a coluna vertebral é responsável por proteger e sustentar a medula espinhal. A medula por sua vez tem a função de transmitir os impulsos do sistema nervoso central (SNC) para as outras partes do corpo graças ao sistema nervoso periférico (SNP).
Divisão da coluna vertebral:
Composta por uma série de ossos denominado vértebras
► 7 Cervicais - C1 a C7:
► 12 Torácicas - T1 a T12:
► 5 Lombares - L1 A L5:
► 5 Sacrais - (que se fusionam e formam o sacro) - S1 a S5:
► 4 Coccígeas (que se unem e forma o cóccix) - C0:
* O adulto possue 26 vértebras.
Medula espinhal:
A medula espinhal leva e traz informações do encéfalo e de todas as partes do corpo com exceção da cabeça que é suprida pelos nervos cranianos. Os sinais que percorrem a medula espinhal são conhecidos como impulsos nervosos. A medula inclui um feixe de fibras nervosas, que são longos prolongamentos de células nervosas. Elas se estendem da base do encéfalo até a região inferior da medula espinhal. A medula é praticamente da largura de um lápis afunilando-se na base de um agrupamento estreito de fibras. Os dados provenientes dos orgãos do sentidos nas diferentes partes do corpo são coletados via nervos espinhais e transmitidos via medula espinhal ao cérebro. A medula espinal, também envia informação motora como os comandos de movimentos do cérebro para o corpo, que de novo é transmitida via rede nervosa espinhal. A medula espinhal se localiza dentro da coluna vertebral. Seus limites estruturais são dois: Superior, pelo bulbo após o forame magno e após a segunda vertera lombar (L2).
Os nervos espinhais:
São 31 pares de nervos espinhais. Eles se ramificam a partir da medula espinhal, dividindo-se e subdividindo-se para formar uma rede que conecta a medula espinhal a todas as partes do corpo. Todos os 31 pares de nervos pertencem as quatro regiões da medula espinhal, que são:
Região cervical: Oito pares de nervos cervicais enervam o tórax, a cabeça, o pescoço, os ombros, os braços e as mãos.
Região torácica: Doze pares de nervos torácicos conectam-se aos musculos abdominais das costas e intercostais.
Região lombar: Cinco pares de nervos lombares formam uma rede para servir o abdome inferior, coxas e pernas.
Região sacral: Seis pares de nervos sacrais conectam-se as pernas, aos pés e às áreas anal e genital.
Lesão da medula espinhal:
Em um acidente onde a medula espinha é lesada devido a fratura de uma vértebra ou em casos menos graves, quando uma vertebra comprime a medula impedindo a transmissão normal dos sinais nervosos para o corpo, pode-se manifestar um dos seguintes sinas do quadro abaixo de acordo com a região atingida.
Meninges:
Além dos osso do crânio e as vertebras que protegem o cérebro e a medula como uma armadura contra impactos externos, entre os ossos e essas estruturas temos as meninges. As meninges funcionam como uma pelicula protetora que se adere a essas estruturas. Elas se dividem em três tipos:
► Dura-máter: A mais externa e mais grossa.
► Aracnóide: Lembra uma teia de aranha, intermediária e vascularizada.
► Pia-máter: A mais interna e fina, adere ao sistema nervoso central.
Espaço entre as meninges.
Entre as meninges há espaços que são de grande importância no diagnóstico de hemorragias, lesões e traumas.
► Extradural ou epidural:
Espaço que se localiza entre o osso do crânio e a dura-máter.
► Sub-dural:
Espaço entre a dura-máter e a aracnoide.
► Subaracnóide:
Espaço entre aracnóide e a pia-máter com maior concentração de líquor.
► Intraparênquimatoso:
Espaço entre a pia-máter e o cérebro.
Líquido cefalorraquidiano:
Também conhecido como líquor ou LCR, é um liquido de aparência clara que se localiza no espaço subaracnóide. Tem a função de agir como um amortecedor ao impactos que a cabeça ou a coluna vertebral estão sujeitos. Devido ser um liquido claro, auxilia no diagnóstico de doenças causadas por vírus e bactérias que afetam o sistema nervoso ou uma possível hemorragia, graças ao exame de punção lombar para recolher uma amostra a ser analisada. A obstrução dos ventrículos do cérebro por onde o LCR circula é responsável por uma manifestação conhecida como hidrocefalia.
Áreas de circulação do Líquido cefalorraquidiano
Punção lombar.
Medula espinhal dissecada
Referências bibliográficas:
MORAES, Alberto Parahyba Quartim de - O Livro do cérebro. Vol 1. São Paulo. SP, Editora Duetto - 2009. Pag 42.
FRANCO S. Norma – Descomplicando as praticas de laboratório de neuroanatomia -2005
Imagens:
Atlas interativo de anatomia humana - Netter N.D 3.0
Instituto de neurologia evoluir. URL: http://draramispedroteixeira.blogspot.com.br/2011/09/liquido-cefalorraquidiano-liquor.html. Acessado em 8 de agosto de 2013.
Fundamentos em Bio-Neuro Psicologia PUC-Rio - Todos os direitos reservados